À terceira foi mesmo de vez. O FC Porto não conseguiu dar continuidade às vitórias conquistadas nas duas primeiras jornadas, sobre Belenenses SAD e Famalicão, e não foi, este domingo, além de um empate a uma bola nos Barreiros, diante do Marítimo.
Os vice-campeões nacionais em título somaram oportunidades de sobra para levar para 'casa' um outro resultado, particularmente no primeiro tempo, onde a ineficácia de Mehdi Taremi e Toni Martínez foi de 'bradar aos céus' e acabou mesmo por custar caro.
O primeiro golo, é verdade, até começou por ser atribuído ao internacional iraniano, mas, já após o apito final, o árbitro, João Pinheiro, foi consultado e acabou por entregá-lo a Luis Díaz, cujo primeiro desvio transpôs na totalidade a linha.
O tento colocou alguma justiça no resultado, mas fez mal aos dragões, que, daí em diante, pouco conseguiram fazer para penetrar a autêntica 'muralha' montada por Julio Velázquez, atitude pela qual foram castigados no último lance antes do apito para o intervalo.
Bruno Xadas encheu o pé e, com um fantástico remate, colocou a bola no fundo das redes à guarda de Diogo Costa, dando aos insulares, finalmente, a confiança necessária para fazerem algo mais do que verem o adversário trocar a bola.
Os homens da casa cresceram no segundo tempo, e, não só não permitiram aos azuis e brancos ensaiar qualquer remate à baliza, como ainda ficaram à beira de consumar a 'cambalhota' no marcador, quando, aos 69 minutos, André Vidigal atirou ao poste de uma baliza deserta.
Ao fim de três jornadas, os líderes Sporting e Benfica passam a ser as únicas equipas com 100% de aproveitamento no que a pontos diz respeito. O FC Porto é terceiro classificado, com sete pontos, e o Marítimo sétimo, com quatro.
Figura
O Bruno Xadas a quem tanto potencial foi augurado está de volta. O internacional sub-21 português foi, de longe, o elemento mais esclarecido de um Marítimo que demorou demasiado tempo a encontrar-se em campo. O (grande) golo acabou por ser um prémio mais do que merecido.
Surpresa
Pedro Pelágio entrou para o lugar de Iván Rossi à passagem dos 58 minutos, e acabou por revelar-se uma peça fundamental no 'xadrez' de Julio Velázquez. Conseguiu, por fim, ajudar a equipa a tirar a bola de zonas de perigo e a aproximá-la da área adversária.
Desilusão
Jorge Sáenz teve a ingrata tarefa de ajudar Cláudio Winck a fechar a ala direita da defesa do Marítimo, o que o colocou, vezes sem conta, frente a frente com Luis Díaz. O internacional colombiano fez o que quis do espanhol, que tão cedo não esquecerá este 'massacre'
Treinadores
Julio Velázquez: O Marítimo assinou uma primeira parte para esquecer, sempre mais preocupado em levar o jogo para a vertente física do que em tentar, propriamente, jogar futebol. Ainda assim, o treinador soube ir mexendo na equipa, e esta foi crescendo com o jogo.
Sérgio Conceição: Tal como o próprio assumiu, o FC Porto teve oportunidades de sobra para 'matar' o jogo na primeira parte, mas não o fez, e permitiu ao adversário ir 'sonhando' que era possível pontuar. Na segunda, deixou-se apanhar pela 'teia' adversária e pouco ou nada fez para marcar.
Árbitro
Um jogo com muitas paragens, particularmente na primeira parte, face à constante necessidade de João Pinheiro em assinalar todo e qualquer contacto. Ainda assim, esteve bem no capítulo disciplinar, e acertou quando, já nos descontos, não assinalou a grande penalidade que Francisco Conceição tentou 'arrancar'.
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