João Noronha Lopes recorreu, ao início da tarde deste domingo, às redes sociais para publicar um comunicado no qual aponta o dedo à direção e à Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Benfica pela maneira como estão a ser planeadas as eleições do próximo dia 9 de outubro.
O candidato derrotado no último sufrágio recorda que, "a pouco mais de 30 dias da realização" do próximo, "não estão definidas as condições em que decorrerão a campanha e o ato eleitoral", e atira: "Desengane-se quem pensa que a saída de Luís Filipe Vieira fez regressar a cultura democrática ao Benfica".
"A pior face do Vieirismo continua bem presente, na atural direção e neste presidente da MAG. Um ato eleitoral não se planeia com taticismos delineados ao sabor de resultados desportivos e a democracia não se cumpre porque alguém respeitou uns prazos sem respeitar mais nada", escreve o empresário.
"A última eleição do clube decorreu em condições indignas da nossa história e dos nossos valores. Um ano depois, com um presidente que anunciou o início da uma era de transparência na vida do clube, é pedido aos sócios que participem numa nova eleição cujas regras serão anunciadas, na melhor das hipóteses, a três semanas do ato eleitoral", prossegue.
"Dessa forma, afasta-se deliberadamente a possibilidade de um debate alargado e esclarecedor e omite-se a possibilidade de reflexão sobre os motivos pelos quais se chegou aqui e sobre as formas de evitar que situações idênticas se venham a repetir", completa.
A terminar, João Noronha Lopes avisa que "o Benfica tem que deixar de tratar os momentos mais importantes da sua vida institucional como se fossem meras formalidades", e sublinha que "o respeito pelo clube e pelos sócios mede-se em momentos como este".
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