Jean-Baptiste Guégan concedeu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal espanhol La Vanguardia, na qual estabelece uma ligação entre a contratação de Lionel Messi por parte do Paris Saint-Germain e o Campeonato do Mundo do próximo ano.
Na opinião do especialista em geopolítica do desporto, "o PSG continua a ser um clube, mas, com a compra por parte do Qatar Sports Investments, converteu-se num instrumento ao serviço da política do Qatar", que irá receber a competição, em 2022.
"Recordo o artigo do The Guardian sobre os milhares de mortos nas obras dos estádios. Talvez não perderiam o Mundial, mas seriam mais criticados. E há outro fator. Quanto Messi assinou pelo PSG, os Estados Unidos e os talibãs negociavam em Doha", afirmou.
"Não acredito que uma coisa dependesse da outra, mas... Também aconteceu quando contrataram Neymar, em 2017, em plena crise do Golfo, do confronto entre Qatar e Arábia Saudita, quando os Emirados Árabes Unidos acusavam o Qatar de financiar o terrorismo", acrescentou.
Na opinião de Jean-Baptiste Guégan, este é um claro sinal de que "o futebol permite lavar a imagem internacional e controlá-la", já que foi assim que o Qatar conseguiu tornar-se "atrativo para investimentos, turismo e profissionais muito qualificados de que precisa".
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