O Benfica assinou, na noite de quarta-feira, uma exibição categórica e que entra diretamente para uma das mais memoráveis da história do clube. Perante um Barcelona em estado de crise, eis que as águias venceram de forma convincente (3-0) com uma exibição coletiva quase perfeita.
Há, também, necessidade de fazer menção a um registo histórico. O Benfica não vencia o Barcelona, em jogos oficiais, desde 1961. Desde então, as águias somaram três derrotas e três empates. Ontem a história mudou.
Rafa Silva e Darwin Núñez foram os rostos mais evidentes das águias, mas há mais protagonistas a destacar. Vamos a eles.
A figura
Darwin Núñez assinou uma noite para mais tarde recordar. Dois golos ao Barcelona, sendo que um deles merece ser visto e revisto. Nem sempre decidi bem, é verdade, mas também não deixa de ser verdade que quase sempre sabe qual a movimentação certa a fazer. Está em crescendo de forma e merece a total confiança de Jorge Jesus.
A surpresa
Num jogo muito conseguido a nível coletivo, torna-se complicada a tarefa de encontrar uma segunda figura de relevo no Benfica. No entanto, é justo destacar a forma como Rafa Silva consegue desequilibrar qualquer adversário, seja ele de maior ou menor valia. O internacional português foi um quebra-cabeças para a defesa contrária e ainda ajudou a equipa a defender. E, claro, também marcou o golo da tranquilidade.
A desilusão
Luuk de Jong carrega nos ombros a responsabilidade de fazer golos e fazer esquecer os antigos goleadores do Barcelona. Pois bem, ontem foi anulado por Otamendi e companhia e quase nunca conseguiu incomodar verdadeiramente Odysseas. Está longe de ser um dos favoritos dos adeptos e terá de começar a fazer pela vida em Camp Nou.
Treinadores
Jorge Jesus
Nota máxima para o treinador do Benfica. Manteve o onze inicial base e soube explorar as fragilidades defensivas do Barcelona. As águias tiveram menos posse de bola, mas a verdade é que o Barcelona poucas vezes conseguiu criar perigo junto da baliza de Odysseas.
Ronald Koeman
O treinador dos Países Baixos está com a posição fragilizada no Barcelona e esta derrota poderá custar-lhe caro. O Barcelona até nem fez um mau jogo, mas perdeu o norte na segunda parte. Além disso, quem tem Pedri, De Jong e Busquets no meio-campo está automaticamente obrigado a fazer mais e melhor. A crise em Camp Nou não em fim à vista.
O árbitro
O italiano Daniele Orsato esteve quase sempre bem, mas fica a sensação que perdoou a expulsão a Piqué ainda na primeira parte. De resto, adotou um critério largo mas soube puxar dos galões no momento certo. No lance do penálti esperou pela comunicação do VAR. Ao consultar as imagens não teve dúvidas e apontou prontamente para a marca de castigo máximo.
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