Nicky Butt partilhou balneário com Cristiano Ronaldo no Manchester United, na temporada 2003/04, e, em entrevista concedida à edição desta sexta-feira do jornal britânico The Sun, recordou quão "obcecado com futebol" o avançado já era quando foi adquirido ao Sporting.
O antigo internacional inglês lembrou que, na altura, já se dizia que o internacional português seria "um génio", mas sublinhou que não foi "apenas o talento que o levou direito ao topo", mas o trabalho que este realizou.
"Diz-se muitas vezes que certos jogadores trabalharam arduamente ou que fizeram treinos extra para praticar técnicas, mas, com o Cristiano, era dedicação total, compromisso total e trabalho árduo total", começou por dizer.
"Ele não tinha a dádiva divina do físico, foi ele que trabalhou arduamente para a alcançar. Na verdade, chegou como um miúdo lingrinhas, e teve de trabalhar arduamente para alcançar aquele físico durante muitos, muitos anos", prosseguiu.
"Ele teve de chegar a um novo nível de força física porque a Premier League assim o exigia, e ele teve várias oportunidades para ver quão duro era, mesmo nos treinos, quando defrontava jogadores como Roy Keane e Jaap Stam", completou.
Nicky Butt recordou que, na altura, Cristiano Ronaldo "nunca tinha namoradas nem parecia interessado em qualquer distração desse tipo". O português "era o último a abandonar o centro de treinos" dos red devils, de tal maneira que Alex Ferguson teve de intervir.
"Estávamos a almoçar na cantina ou a preparar-nos para voltar para casa e ouvíamos a voz de Sir Alex a ecoar no campo de treinos às 14h ou 15h, a gritar com o Cristiano que era hora de sair, dizendo 'Temos jogo daqui a dois dias. Já chega!", concluiu.
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