O Sporting garantiu, este domingo, o direito a partir para a pausa para compromissos internacionais na liderança do campeonato português, graças ao triunfo conquistado no estádio Capital do Móvel, sobre o Paços de Ferreira, por 2-0.
Os homens de Rúben Amorim assinaram um início de jogo imponente, encostando os castores às cordas, e só não festejaram logo a abrir graças a duas boas defesas de André Ferreira, a remates de Sebastián Coates (que, desta vez, ficou em branco) e Ricardo Esgaio.
O conjunto da casa deu uma boa réplica, ainda que sem nunca causar grande trabalho a Antonio Adán. Os leões partiram, assim, para o intervalo com a certeza de que não seria fácil levar os três pontos da Mata Real, mas fizeram por merecê-lo no regresso do descanso.
Gonçalo Inácio, a passe de Sebastián Coates, desfez o nulo. Um golo que provocou mais uma boa resposta... que terminou da mesma maneira do que a primeira. Isto é, com um golo dos campeões nacionais, desta feita, da autoria de Pedro Gonçalves.
Daí em diante, o Sporting limitou-se a gerir rumo à oitava vitória consecutiva em todas as provas. No que à I Liga, mais concretamente, diz respeito, passa, agora, a somar 29 pontos, tantos quanto o FC Porto, que, horas antes, bateu o Santa Clara, por 3-0.
Já o Paços de Ferreira, que permanece mergulhado num 'jejum' de vitórias que dura já desde o final de agosto, é décimo classificado, com os mesmos 11 pontos do que o Boavista (que perdeu na receção ao Famalicão, por 2-5), ao cabo de 11 jornadas.
Figura
Sebastián Coates não marcou (ou melhor, marcou, mas não valeu, uma vez que estava em posição irregular), mas Gonçalo Inácio fez questão de dizer presente. O defesa-central (que, por estranho que pareça, só agora foi chamado à seleção portuguesa de sub-21) esteve impecável na retaguarda, protagonizou inúmeras investidas com bola nas alturas mais delicadas do jogo e ainda marcou um golo fundamental.
Surpresa
Nuno Santos mereceu rasgados elogios por parte de Rúben Amorim na conferência de imprensa de antevisão à visita ao Paços de Ferreira, pelo que acabou por não ser uma grande surpresa a inclusão no onze inicial. Na 'pele' de lateral-esquerdo, o ex-Rio Ave foi uma constante 'dor de cabeça', combinando bem com Matheus Reis e Pablo Sarabia para criar várias ocasiões de golo, especialmente no primeiro tempo.
Desilusão
Um jogo pouco conseguido de Juan Delgado. O avançado chileno deu-se pouco ao jogo, e, quando o fez, acabou por não ter grande sucesso, seja nos duelos individuais ou no capítulo dos passes. Acabou por não surpreender o facto de ter sido o primeiro elemento que Jorge Simão tirou do relvado quando chegou a hora de mexer na equipa.
Treinadores
Rúben Amorim: O Sporting entrou muito bem no jogo, com uma intensidade elevadíssima, mas nem sempre conseguiu manter o ímpeto. Ainda assim, a vitória assenta-lhe 'que nem uma luva', e só não foi mais elevada devido à falta de eficácia de alguns elementos, entre eles Paulinho, que desperdiçou, novamente, chances para 'matar' o jogo mais cedo.
Jorge Simão: O Paços de Ferreira perdeu, mas não se pode colocar em causa a ousadia com que foi a jogo. Recusou 'curvar-se' perante o campeão nacional e passou por períodos de clara superioridade, ainda que sem conseguir criar grandes ocasiões de golo. Acabou, ainda assim, por se descontrolar já na reta final, quando arriscou sofrer um resultado mais pesado.
Árbitro
Luís Godinho procurou sempre deixar jogar, mesmo quando a partida se começou a tornar mais quezilenta. Sporting e Paços de Ferreira pediram grandes penalidades (o primeiro por suposta mão de Luiz Carlos, e o segundo por alegado braço de Ricardo Esgaio), mas o árbitro ignorou (e bem) as queixas em ambos os casos.
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