O jornal italiano Gazetta Dello Sport avança esta quinta-feira que o Ministério Público de Turim pode chamar Cristiano Ronaldo a depor no âmbito das investigações sobre fraude fiscal que estão a ser feitas à Juventus.
Em causa está uma escuta telefónica apanhada pelas autoridades, e na qual um dos diretores da Juventus fala de um documento privado "que teoricamente não deveria existir", e no qual constam informações sobre pagamentos ao craque português.
Segundo a mesma fonte, os investigadores souberam da existência do documento graças a escutas telefónicas de pessoas ligadas ao clube italiano. Porém, nas buscas realizadas, as autoridades não encontraram o documento, e o procurador responsável pelo caso pode agora questionar Cristiano Ronaldo sobre o assunto.
O documento em causa será, segundo as informações da imprensa italiana, um acordo assinado pelo internacional português e pela Juventus durante a pausa do futebol em Itália, entre março e junho do ano passado.
Na altura, Ronaldo, assim como o restante plantel e a equipa técnica, renunciaram aos salários durante a pausa do campeonato, para ajudar o clube a recuperar dos efeitos da crise pandémica. No entanto, Ronaldo, agora no Manchester United, estabeleceu com os bianconeri que esses valores em falta seriam pagos quando a atividade desportiva fosse retomada.
Esta investigação iniciou-se após escutas telefónicas entre Federico Cherubini, diretor geral do clube, e o advogado da Juventus Cesare Gabasio, no qual os dois falaram do tal documento privado que não deveria existir.