O avançado Cassiano realçou hoje que o Vizela deve "fazer" o seu trabalho e "estar preparado" para a receção da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol ao Belenenses SAD, clube com surto do coronavírus SARS-CoV-2.
O clube de Lisboa anunciou hoje que a variante Ómicron do coronavírus motivou o isolamento de 79 pessoas ligadas à equipa de futebol, 19 das quais infetadas, sem contar com "as famílias dos profissionais", pelo que o encontro agendado para segunda-feira, às 20:15, pode ser adiado, mas o ponta de lança realçou que o grupo treinado por Álvaro Pacheco deve manter-se apenas focado no trabalho.
"Temos de fazer o nosso trabalho. Independentemente de haver jogo ou não, temos de estar preparados. Vamos trabalhando para estar preparados para o jogo. Temos de nos focar só nisso. Fazemos os treinos e deixamos o resto para a Liga ou para quem é responsável pela situação", disse, à margem da visita de uma comitiva do clube à Escola Básica dos Enxertos, em Vizela.
Autor de dois golos em nove jogos na presente época, o dianteiro de 32 anos admitiu que a goleada sofrida na jornada anterior, frente ao Sporting de Braga (4-1), uma "equipa de muita qualidade", foi "difícil de engolir" e que a necessidade de responder dá ainda mais motivação para o próximo jogo.
"Depois de uma derrota, queremos ter jogo logo. Se fosse possível, tínhamos jogo dois ou três dias depois", salientou.
A subida dos casos de covid-19 em Portugal está a refletir-se no principal campeonato nacional, ditando o isolamento profilático dos plantéis do Belenenses SAD e do Tondela, que viu a receção ao Moreirense adiada para 03 de janeiro, e Cassiano admitiu alguma preocupação com os efeitos da pandemia no seu trabalho
"Desde a época passada, temos tido um controlo muito bom dentro do clube. Todos passamos as informações necessárias para não corrermos riscos. Temos família e filhos na escola. Sabemos que nos pode acontecer. Mas, dentro do clube, tentamos cuidar o máximo possível para minimizar os casos", disse.
O próximo adversário do Vizela prometeu atualizar o boletim clínico na sexta-feira, depois de, na ronda anterior, se ter apresentado com nove jogadores na receção ao Benfica.
O encontro foi suspenso no início da segunda parte, aos 48 minutos, depois de os 'azuis' terem ficado sem o número mínimo de futebolistas legalmente exigido para o desenrolar de um jogo (sete).
Para a segunda parte do encontro, o Belenenses SAD regressou com apenas sete atletas, mas a lesão de mais um jogador originou o fim do encontro, que o Benfica vencia por 7-0.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) sustentou a realização do jogo com a ausência de um pedido formal de adiamento, tendo, na segunda-feira, reunido a direção de emergência e avançado com uma participação para o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que já instaurou um processo com "natureza urgente", para apurar responsabilidades.
O Belenenses SAD pede a repetição do encontro, com base no Regulamento de Competições, segundo o qual "quando o jogo tiver sido dado por findo pelo árbitro antes do termo do seu tempo regulamentar, o resultado que o mesmo registe não será homologado, sendo designado novo jogo pela LPFP, salvo nos casos expressamente previstos nos regulamentos".