Scott Morrison defendeu que não deveria ser surpresa que as autoridades australianas boicotassem o evento depois de o relacionamento do país com a China ter sido rompido nos últimos anos.
"Tomo esta decisão porque é do interesse nacional da Austrália", disse, citado pela agência AP, considerando tratar-se da "coisa certa a fazer", ressalvando que os atletas australianos podem competir.
Além de citar abusos aos direitos humanos, o primeiro-ministro australiano disse que a China tem criticado muito o reforço pela Austrália da força de defesa forte na região "especialmente em relação, mais recentemente, à decisão de adquirir submarinos com propulsão nuclear".
Grupos de direitos humanos têm pressionado um boicote total aos Jogos de Inverno de Pequim, acusando a China de abusos de direitos contra minorias étnicas.
Segundo o Comité Olímpico Australiano, os preparativos para os cerca de 40 atletas australianos que deveriam competir não serão afetados por este boicote diplomático.
"Levar os atletas a Pequim com segurança, competir com segurança e trazê-los para casa com segurança continua a sero nosso maior desafio", afirmou em comunicado o presidente-executivo do comité, Matt Carroll.
"Os nossos atletas australianos têm treinando e competido para este sonho olímpico há quatro anos e estamos a fazer tudo ao nosso alcance para garantir que podemos ajudá-los a ter sucesso", concluiu.
Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira que não vão enviar uma delegação diplomática para Pequim, devido à situação dos direitos humanos na China.
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