Notas do Sta. Clara-Sporting: Leão sem rumo abatido por bravos açorianos

Depois do ano de leão em 2021, o novo ano começa como um pesadelo para os campeões em título. A prenda atrasada do Dia de Reis foi a primeira derrota da época e a possível perda da liderança partilhada.

Notícia

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Rodrigo Querido
08/01/2022 07:58 ‧ 08/01/2022 por Rodrigo Querido

Desporto

Análise

Ao 23.º terceiro jogo da temporada o Sporting recebeu como prenda de Dia de Reis atrasada a primeira derrota da temporada. Uma exibição de gala do Santa Clara deu aos açorianos uma vitória histórica, por 3-2, sobre o campeão em título, que deu o pontapé no ano novo da pior maneira.

Depois do ano do leão em 2021, o arranque de 2022 parecia estar a correr de feição aos verde e brancos, apesar do treinador Rúben Amorim não estar no banco de suplentes devido à pandemia de Covid-19. Alheios à ausência do líder do balneário, os leões até começaram melhor a partida com um belo golo de João Palhinha. Em desvantagem, a equipa açoriana tremeu, mas não caiu. Quem pareceu tremer foram mesmo os campeões em título logo após o golo de Jean Patric, à meia hora de jogo.

Depois do golo sofrido contra o Casa Pia, e dos dois no fechar do ano transato em casa com o Portimonense, os pupilos de Rúben Amorim viram a bola entrar na baliza pela terceira partida consecutiva, situação pouco comum no clube de Alvalade. O golo de Jean Patric mostrou que a equipa leonina, defensivamente, não estava tão sólida como anteriormente, situação que foi sendo disfarçada com algumas iniciativas ofensivas de Sarabia.

O intervalo parecia ter feito bem ao Sporting, já que os leões fizeram cedo o segundo golo da partida pelo irreverente Sarabia. Mas a reação do Santa Clara ao golo sofrido foi extraordinária, e, na jogada seguinte, ninguém segurou o brasileiro Lincoln que voltou a reestabelecer a igualdade.

Um minuto bastou para que a partida ficasse exatamente igual ao resultado do primeiro tempo, mas os sinais dados pelos açorianos eram diferentes daqueles que os campeões passavam. Se os bravos açorianos pressionavam alto o adversário, o Sporting mostrava dificuldades no último passe.

A formação insular foi sempre mais pragmática do que o rival, e viu premiado o esforço com o golo da vitória aos 78 minutos, por intermédio de Ricardinho, num lance que apanhou em contrapé os leões. O Sporting bem tentou, mas o Santa Clara conseguiu segurar a vantagem até final.

O que fica para a história é a primeira derrota do Sporting na época, e, por consequência, a primeira vitória do Santa Clara sobre os leões, que, pela segunda vez desde que são orientados por Rúben Amorim, sofreram três golos na I Liga.

Mas vamos às notas deste encontro:

Figura

Enorme exibição de Lincoln, fazendo jus ao número 10 que usou nas costas. A cumprir a terceira temporada nos açorianos, o médio brasileiro já demonstrou a sua qualidade por várias vezes, mas é um jogador um tanto ao quanto irregular, alternando bons jogos com outros de menor nível. Foi o futebolista com maior influência nesta partida, marcando um golo e assistindo para outro.

Surpresa

Jean Patric foi uma dor de cabeça para a defesa leonina. Foi dele a primeira grande oportunidade dos açorianos, atirando a centímetros da baliza, mas minutos depois acabou acertar com as redes de Adán e igualar o marcador.

Desilusão

O Sporting tem sentido, e muito, a falta de Pedro Porro. Ricardo Esgaio tem sido o eleito para render o defesa espanhol, mas neste jogo nos Açores teve uma exibição muito aquém do esperado, principalmente a nível defensivo. Teve dois erros fatais que deram origem a dois golos do Santa Clara.

Treinadores

Tiago Sousa: Justíssima vitória dos açorianos. A posição na tabela não traduz a qualidade que esta equipa tem. Os açorianos podem fazer mais e melhor nesta segunda metade da temporada e com exibições como esta podem galgar várias posições na classificação.

Carlos Fernandes: Sem o treinador principal, coube ao jovem adjunto, de 27 anos, assumir as rédeas da equipa. O Sporting, à semelhança de outros jogos, mostrou pouca consistência a nível defensivo. A baixa de forma de Pote também não ajudou para fomentar a criatividade que a equipa precisava para desmontar o xadrez açoriano.

Arbitragem:

Exibição positiva de Rui Costa. É verdade que teve algumas dificuldades em controlar a partida, mas decidiu bem nos dois lances mais complicados do jogo: a possível grande penalidade sobre Cryzan e a expulsão de Bragança por pisadela sobre Ricardinho, embora neste caso auxiliado pelo VAR.

Leia Também: Leão naufragou de forma histórica nos Açores e a invencibilidade voou

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