Wojciech Szczesny recorreu, ao início da tarde deste sábado, às redes sociais para demonstrar o seu apoio à medida tomada, horas antes, pela Federação polaca, que rejeitou defrontar a Rússia nos playoffs de apuramento para o Campeonato do Mundo.
O guarda-redes da Juventus não escondeu que mantém uma forte ligação afetiva pela Ucrânia, pelo que disse não ser capaz de jogar contra o país que tem levado a cabo, ao longo dos últimos dias, uma invasão militar, que já provocou centenas de mortes.
"A minha mulher nasceu na Ucrânia, há sangue ucraniano a correr nas veias do meu filho, parte da nossa família ainda está na Ucrânia, vários dos meus trabalhadores são ucranianos e todos são grandes pessoas. Ver o sofrimento na cara deles e o receio pelo país faz-me perceber que não posso ficar impávido e fingir que nada aconteceu", começou por escrever.
"No momento em que Putin decidiu invadir a Ucrânia, ele declarou guerra, não apenas à Ucrânia, mas também a todos os valores que a Europa defende. Liberdade, independência, e, acima de tudo, paz. A 26 de março, era suposto defrontarmos a Rússia no playoff de apuramento para o Campeonato do Mundo de 2022, no Qatar. Apesar de ficar de coração partido a escrever isto, a minha consciência não me deixa jogar", prosseguiu.
"Representar o país é a maior honra da carreira de um jogador, mas não deixa de ser uma escolha. Recuso jogar contra jogadores que escolheram representar os valores e princípios da Rússia! Recuso entrar em campo, usar as cores do meu país e ouvir o hino nacional da Rússia! Recuso fazer parte de um evento desportivo que legitima as ações do governo russo", completou.
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