Ayuna Morozova, diretora do SC Spartak Kharkiv e do departamento regional de Kharkiv da Federação Ucraniana de Natação, sobreviveu a um bombardeamento levado a cabo, na passada terça-feira, pelas forças militares russas à cidade.
Numa carta enviada ao portal norte-americano SwimSwam, a treinadora relatou o drama que viveu enquanto "trabalhava enquanto voluntária na sede do departamento de defesa territorial", e revelou: "Estive sob os escombros durante duas horas".
"Estava a dar chá aos soldados quando caiu o míssil. Gritei alto e aninhei-me. Depois, lembro-me de estar deitada no subsolo, com muita gente à minha volta, e sem me conseguir mexer e a respirar profundamente. Rezei e chorei até ao final", referiu.
"Após algum tempo, os meus gritos foram ouvidos pela equipa de resgate, mas houve um segundo bombardeamento e fui atingida por mais detritos. O meu marido continuou à minha procura. Um voluntário ouviu-me a chorar por ajuda e desenterraram-me" acrescentou.
Ainda assim, Ayuna Morozova promete não desmoralizar: "Estou zangada e vou continuar a defender a minha cidade e o meu país. A Federação Russa está a matar civis. O mundo devia aprender com as terríveis ações do país agressor. Não à guerra".
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