Entre as oito melhores equipas da Europa, o Benfica sabe de antemão que poderá jogar com qualquer um dos outros sete clubes apurados para os 'quartos' da Champions.

Três clubes ingleses, três equipas espanholas e um conjunto alemão. Um deles calhará 'em sorte' aos encarnados, que chegam a esta fase da prova depois de terem ficado em segundo lugar no grupo F (atrás de Bayern Munique) e de terem eliminado o Ajax (com um empate de 2-2, na Luz, e uma vitória de 0-1, em Amesterdão).

Analisámos, por isso, os momentos de forma, os históricos de confrontos e as principais armas de cada um dos possíveis sete adversários do Benfica, que tentará sonhar em ir o mais longe possível na prova europeia.

Recorde-se que o sorteio referente aos 'quartos' (e até mesmo às 'meias') decorre, esta sexta-feira, em Nyon, a partir das 11 horas.

Manchester City

Momento de forma: Uma equipa que só perdeu um dos últimos 19 jogos é sempre temível, mesmo que os dois últimos duelos tenham dado em empate (0-0 contra Sporting e Crystal Palace). A formação de Pep Guardiola segue na liderança do campeonato e chega a esta fase da Champions depois de ter ficado em primeiro lugar no grupo A e de ter eliminado o Sporting nos 'oitavos', pelo que quererá repetir a dose caso encontre novamente uma equipa portuguesa.

Histórico de confrontos: O conjunto de Manchester nunca defrontou o Benfica.

Principal arma: A realizar a melhor temporada de toda a carreira, Riyad Mahrez leva um total de 21 golos com a camisola do Manchester City esta época, destacando-se como o melhor marcador da equipa em todas as competições. Na Champions, leva seis golos e uma assistência em oito jogos.

Liverpool

Momento de forma: A diferença não é muita para o adversário acima. Nos últimos 18 jogos, o Liverpool só perdeu um, e está agora mais perto do líder Manchester City. Para chegar aos 'quartos' da competição, os reds não só ficaram em primeiro lugar no grupo B, como fizeram o pleno de triunfos, sendo que apenas perderam por uma ocasião na competição (a mais recente derrota com o Inter de Milão por 1-0, que não ditou o afastamento).

Histórico de confrontos: Seis triunfos do Liverpool e quatro do Benfica. Parece razoavelmente equilibrado, mas a verdade é que, nas cinco eliminatórias disputadas a duas mãos, o clube da Luz só passou numa ocasião ('oitavos' da Champions, em 2005/06). O último encontro aconteceu em 2009/10 e, depois de ter vencido por 2-1 na Luz, o Benfica acabaria por perder 4-1 em Anfield, nos 'quartos' da Liga Europa.

Principal arma: Mohamed Salah tem sido um autêntico quebra-cabeças para os adversários da equipa de Klopp. Somando já 28 golos e dez assistências em 36 jogos nesta temporada, o egípcio destaca-se como o melhor marcador da equipa no campeonato e na Champions (onde é o terceiro melhor marcador).

Chelsea

Momento de forma: Apesar de estar mergulhado nas mais recentes dificuldades económicas (em torno da situação de Abramovich), o Chelsea perdeu apenas um dos últimos 25 jogos, embora também tenha somado bem mais empates do que os dois clubes que seguem à sua frente na Premier League. Na Champions, os blues asseguraram o segundo lugar do grupo H e, mais recentemente, conseguiram eliminar o Lille, vencendo tanto em casa (2-0), como fora de portas (1-2).

Histórico de confrontos: Curto, mas totalmente favorável aos ingleses, com três triunfos em três jogos. Na época seguinte à eliminação nos 'quartos' da Champions (2011/12), em que o Chelsea venceu por 1-0 na Luz e por 2-1 em Londres, as duas equipas acabariam por se defrontar na final da Liga Europa (2012/13), num jogo em que os blues triunfaram por 2-1, com um golo ao cair do pano a decidir o vencedor.

Principal arma: Numa equipa que sofre poucos golos, Antonio Rudiger tem sido um dos principais de trunfos de Tuchel na linha defensiva dos londrinos, de tal forma que, por esta altura, é o jogador com mais minutos, tendo atuado em 40 jogos do início ao fim. Com três golos e uma assistência, o alemão de 29 anos já ajudou a equipa a evitar vários golos, sempre de olhos postos no processo ofensivo.

Bayern Munique

Momento de forma: O conjunto de Nagelsmann já viveu períodos mais estáveis e esclarecedores, mas, mesmo assim, surge com um incrível registo de 13 triunfos nos últimos 18 encontros. Apesar de a liderança do campeonato ter deixado de ser tão confortável como chegou a ser, os bávaros têm protagonizado uma Champions muito mais regular. Depois de terem fechado o grupo E (o mesmo que o do Benfica) com seis triunfos em seis jogos, a equipa de Munique empatou 1-1 no reduto do Red Bull Salzburgo e, na resposta, goleou por 7-1 para carimbar o acesso aos 'quartos'.

Histórico de confrontos: Uma dúzia de jogos... e nenhuma vitória encarnada. Foram nove triunfos bávaros e três empates. Os duelos mais recentes aconteceram esta temporada (goleada de 0-4 na Luz e de 5-2 em Munique) e, para recordar um dos empates, temos de recuar até 2015/16, altura em que as duas equipas empataram (2-2) na Luz, após um triunfo magro do Bayern por 1-0, no Allianz Arena.

Principal arma: O melhor marcador da Liga dos Campeões (12 golos) mora em Munique e surge com o nome de Robert Lewandowski, que é também o líder destacado da tabela de melhores artilheiros da Bundesliga. No total, o internacional polaco leva 43 golos e quatro assistências, prometendo não ficar por aqui.

Real Madrid

Momento de forma: Embora o 2022 dos madrilenos esteja a ser mais conturbado do que a reta final de 2021,  uma vez que já soma três derrotas só neste ano civil, o Real Madrid, não só segue na liderança isolada do campeonato espanhol, como chega a esta fase da prova europeia galvanizado pela impressionante reviravolta obtida diante do PSG, ao virar um agregado de 0-2 para 3-2 em apenas 17 minutos. Moral não deve faltar ao conjunto de Ancelotti, que venceu o grupo D, com cinco triunfos em seis jogos.

Histórico de confrontos: Esteve para ser o adversário dos encarnados nos 'oitavos' da Champions, mas a repetição do sorteio trocou os destinos às duas equipas e pode recolocá-las frente a frente nos 'quartos'. O histórico, esse, é longínquo. As águias derrotaram os merengues na final da Liga dos Campeões (1961/62) e viriam a eliminar a equipa espanhola nos 'quartos' da prova, em 1964-65, com uma goleada por 5-1 em Portugal e uma derrota por 2-1 no país vizinho.

Principal arma: Indubitavelmente, Karim Benzema. Não só pelo hat-trick que fez ao PSG, mas por toda a temporada que tem protagonizado ao serviço do emblema de Madrid, tendo já igualado o recorde de mais golos pelo clube (32 golos, em 2011/12), além dos 13 passes para golo. Na Champions, cola-se a Salah no pódio de melhores marcadores, com oito golos apontados e uma assistência.

Atlético Madrid

Momento de forma: A época não está a ser fácil para os colchoneros, e a quarta posição no campeonato (a 15 pontos do líder e rival Real Madrid) fala por si. Ainda assim, a equipa de Simeone não só está já há seis jogos sem perder, como conseguiu vencer em Old Trafford na segunda mão dos 'oitavos' (0-1), depois do empate (1-1) com o Manchester United no Wanda Metropolitano, pelo que quererá apostar todas as fichas nesta competição, valendo a pena recordar que foi a equipa apurada que menos pontuou na fase de grupos - apenas 7 pontos, deixando para trás o FC Porto.

Histórico de confrontos: Dois jogos, um triunfo para cada lado. As duas equipas integraram o mesmo grupo da Liga dos Campeões em 2015/16 e, depois de vencer fora de portas (1-2), o Benfica encerraria a fase de grupos com uma derrota (também 1-2) na Luz, acabando por cair para a segunda posição da tabela.

Principal arma: Antoine Griezmann não tem jogado com a regularidade que gostaria, mas leva números interessantes para os 24 jogos que fez, com oito tentos certeiros e quatro assistências. Só na Liga dos Campeões, destaca-se como o jogador que mais golos e assistências fez pela equipa, contando com sete jogos realizados.

Villarreal

Momento de forma: Depois de um arranque de 2022 meio 'tremido', o Villarreal estabilizou e só perdeu um dos últimos nove jogos, algo que tem permitido ao conjunto de Unai Emery subir na classificação, encontrando-se atualmente no sétimo lugar. Na Liga dos Campeões, depois de ter ficado atrás do Manchester United no grupo F, o submarino amarelo 'atirou' a Juventus para fora da prova ao triunfar em Turim (0-3), após um empate (1-1) em Espanha.

Histórico de confrontos: Dois jogos na mesma época... e nenhum triunfo encarnado. Em 2005/06, no grupo D da Liga dos Campeões, o Benfica ainda empatou (1-1) fora de portas, mas acabou por consentir uma derrota caseira (0-1), embora ambas as equipas tivessem seguido em frente na competição.

Principal arma: O nome de Arnaut Danjuma ainda pode parecer meio desconhecido para grande parte da Europa, mas certo é que o avançado neerlandês tem sido uma das principais referências ofensivas da equipa, levando já 13 golos e quatro assistências em 26 jogos. Só na Liga dos Campeões, foram logo cinco golos e uma assistência.

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