Na semana passada, Kylian Mbappé foi notícia, entre outras coisas, por se recusar a participar num evento publicitário com a seleção francesa, por estar envolvida uma empresa que não era do agrado do jogador e que ele não queria associar à sua imagem.
Como resultado, nasceu uma novo discussão em França a tal ponto que a federação francesa avisou o jogador do PSG, através de carta, asseverando que a sua decisão violava os deveres de qualquer jogador da equipa nacional.
Mas o assunto não terminou aí, pois nesta segunda-feira foi publicada uma entrevista à advogada do jogador, Delphine Verheyden, no diário L'Équipe, onde ela explica as causas e as razões deste conflito gerado fora das quatro linhas.
"Quando um jogador é convocado para a seleção pela primeira vez, uma das primeiras coisas que faz é assinar um documento em que constam os direitos e obrigações para com a seleção. Este documento entra em vigor no momento em que o assina e expira cinco anos após o fim da sua carreira profissional. Isto é a primeira coisa que nos custa. Por conseguinte, para o Kylian, deveria ir desde o seu 18º aniversário até ao 40º aniversário, aproximadamente. Não é realista fazer um compromisso tão longo", começou por dizer a advogada.
Assim, Delphine Verheyden terminou por deixar claras as intenções de Mbappé que, a todo o momento, parecem ser de colaborar, mas à sua maneira e não como está alinhavado. "Sobre as camisolas oficiais, quem tem o direitos? A FFF, o patrocionador da equipa [Nike] e o jogador. Se colocarmos o nome do jogador na camisola, ele deverá receber alguma compensação. Então cada um deles tem de decidir se quer ficar com o dinheiro ou doá-lo ao futebol amador. É aqui que Kylian quer intervir no que gera", complementou.
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