Major General Abdulaziz Abdullah Al Ansari, um dos principais responsáveis por garantir a segurança do próximo Campeonato do Mundo, admitiu, esta sexta-feira, que pode vir a optar por proibir a exibição de bandeiras LGBT nos estádios do Qatar.
Em declarações prestadas à agência noticiosa Associated Press, o dirigente explicou que a medida tem como objetivo "proteger" os adeptos que utilizem este tipo de símbolos, uma vez que este trata-se de um país conservador no que a esta matéria diz respeito.
"Se ele [um adepto] erguer uma bandeira de arco-íris e eu a retirar, não é por querer mesmo retirá-la para o insultar, mas sim para o proteger. Porque, se não for eu, alguém à volta dele pode atacá-lo. Não posso garantir o comportamento de toda a gente", afirmou.
"Nesse caso, vou dizer-lhe 'Por favor, não há, verdadeiramente, necessidade de erguer essa bandeira, neste momento (...). Se querem demonstrar a vossa visão sobre esta situação, demonstrem-na numa sociedade onde seja aceite", prosseguiu.
"Sabemos que esse homem tem um bilhete e vem cá para assistir ao jogo, não para demonstrar um ato político ou algo que lhe passe pela cabeça. Que veja o jogo. Isso é bom. Mas, na verdade, não venha cá insultar toda a sociedade por causa disso", completou.
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