Instantes depois de conquistar o Campeonato Paulista, após a goleada do Palmeiras frente ao São Paulo por 4-0 (dando a volta à derrota da primeira mão por 3-1), Abel Ferreira atribuiu grande parte da responsabilidade do feito aos jogadores e admitiu que terá pouco tempo para festejar.
"Estes jogadores nasceram para fazer história no futebol brasileiro e no Palmeiras. Não me perguntem onde é que eles vão buscar as forças. É mérito deles. Não sou eu que chuto a bola. Quem faz acontecer são eles, são eles que fazem de mim melhor treinador. Eu sou 30% daquilo tudo que eles fazem, eles são 70%. Quem faz acontecer são os jogadores. Sei do que estou a falar", começou por afirmar na conferência de imprensa, em declarações citadas no Globoesporte.
"Sou uma peça, mas uma peça dentro de um relógio que tem sido consistente. Temos uma estrutura de futebol que dá todo o apoio, uma direção que trabalhou para que o jogo fosse aqui, com os nossos adeptos... Sem eles, hoje era impossível a reviravolta. Eles fizeram a parte deles muito bem feita. No Brasil, jogar em casa ou fora é diferente. Hoje fomos muito fortes", acrescentou.
A densidade competitiva nas próximas semanas também foi alvo de comentário do técnico português, que admitiu eventuais dificuldades de gestão ao longo da temporada.
"Nem tempo há para festejar. Amanhã já temos treino e daqui a quatro dias estamos a jogar. Mas sou muito feliz por fazer os outros felizes. Eu vejo os nossos adeptos a festejar e poder proporcionar essa vitória deixa-me muito feliz. Deus dá-me o dobro daquilo que dou aos outros. Não tenho coragem de pedir nada, sou grato, tenho uma família espetacular, trabalho num clube que oferece todas as condições, tenho um grupo totalmente empenhado, que quer superar barreiras. Poder partilhar essa alegria com os nossos adeptos, a alma do clube. Somos a equipa da reviravolta, somos a equipa do amor", clarificou.
"Espero que entendam o que vou dizer. Eu não sei como a equipa vai estar a meio da temporada. As nossas prioridades foram o Mundial e a Supertaça. Nós preparamos estes jogadores, desde o início, com muita intensidade. Temo, fruto da densidade competitiva, dessas viagens que vamos fazer agora, extremamente desgastantes, o pouco tempo de repouso. Não sei como vamos aguentar. Vamos fazer tudo o que for possível", rematou.
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