"Mais uma vez, estão a manter os atletas reféns do preconceito político e isso é inaceitável", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando que a exclusão dos tenistas russos "irá provocar impacto na própria competição".
De acordo com o diário britânico The Times, os organizadores do torneio de Wimbledon decidiram excluir jogadores russos e bielorrussos da próxima edição, por causa da ofensiva militar de Moscovo na Ucrânia, apoiada por Minsk.
Tal medida, que ainda não foi anunciada oficialmente, inviabilizará a participação, entre outros, do russo Daniil Medvedev, número dois do 'ranking' mundial, e da bielorrussa Aryna Sabalenka, semifinalista em Wimbledon no ano passado.
A respeito da invasão russa à Ucrânia, Daniil Medvedev disse que queria "paz em todo o mundo", mas absteve-se de criticar frontalmente a operação militar lançada por Vladimir Putin em 24 de fevereiro.
Após o início desta ofensiva, as autoridades do ténis decidiram que os jogadores russos e bielorrussos não poderiam competir sob o nome ou a bandeira do seu país. Eles podem, no entanto, participar sob uma bandeira neutra.
A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela Rússia, que invadiu o país vizinho em 24 de fevereiro. A ofensiva militar já matou quase dois mil civis em território ucraniano, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.