"Em oito participações, 13 medalhas. Na última, duas. Agora, queremos mais. Há mais nadadores, mais diversidade e modalidades novas, como o tiro. Vamos experimentar aumentar o número de medalhas", começou por desafiar o chefe de Estado, no antigo Picadeiro Real do Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, onde decorreu a cerimónia.
Portugal estará representado no Brasil por 12 atletas, sendo quatro da natação, três do atletismo, dois do ciclismo, um do judo, um da luta greco-romana e um do tiro. A lista inicial perfazia 13, mas o atleta Francisco Laranjeira, que deveria disputar os 5.000 e os 10.000 metros, foi vítima de atropelamento e fuga em 11 de abril, na cidade de Évora.
"Para irem ao Brasil, é porque são muito bons. Obrigado por aquilo que foi feito para que possam estar no Brasil e por aquilo que farão em Caxias do Sul. Vão fazer o melhor que puderem, a pensar em Portugal. Gratidão aos que prometeram que esta missão fosse possível", frisou, em alusão ao trabalho do Comité Paralímpico de Portugal (CPP).
Marcelo Rebelo de Sousa expressou que tem testemunhado o que a organização que lidera o desporto para pessoas com deficiência "tem feito pela projeção de Portugal nestes Jogos e nos Paralímpicos", que passa por um "direito dos cidadãos cá dentro".
"Queria convidar-vos a virem cá no regresso, para vos receber, abraçar todos e depois, de forma especial, traduzir a gratidão aos que vêm medalhados. Mas medalhas já as conquistaram todos. Irem a Caxias do Sul já é porque são medalhados, é porque são muito bons e estão nos 4.000 melhores do mundo", enalteceu ainda Rebelo de Sousa.
O presidente do Comité Paralímpico de Portugal, José Manuel Lourenço, espera que o número de medalhas também seja melhorado, lembrando que esta competição ocorre com um ano de atraso, mas conta que esse facto "seja sinónimo de mais preparação".
"Temos consciência de que tudo fizemos para criar as melhores condições a todos os agentes envolvidos neste projeto. As condições colocadas à disposição de federações, treinadores e atletas registam, nos últimos cinco anos, significativas melhorias. Tenho de agradecer aos decisores políticos pela compreensão e decisivo contributo", frisou.
O dirigente sublinhou que os atletas "irão, mais uma vez, prestigiar as cores nacionais e demonstrar não apenas a capacidade de superação, mas também a afirmação no direito à diferença", numa competição que "será sinónimo de excelência desportiva".
Os Jogos Surdolímpicos decorrerão na cidade brasileira de Caxias do Sul, entre 01 e 15 de maio, sendo esperados cerca de 4.500 atletas de 100 países para competirem nas 20 modalidades do calendário, na oitava participação portuguesa nesta competição.