Jorge Jesus abriu o livro e contou os problemas que viveu no comando do Benfica. O técnico de 67 anos falou sobre a falta de ambiente dentro do clube que acabou por complicar a sua continuidade no comando dos encarnados.
"Houve muita pressão política no clube. Quando o presidente [Luís Filipe Vieira], que me levou de volta, foi deposto, eu sabia que mais cedo ou mais tarde iriam tirar-me também. Houve um jogo, da Liga dos Campeões, que vencemos ao Dínamo Kyiv por 2-0 e fomos vaiados no Estádio da Luz. Isto quando nos classificámos num grupo em que o Barcelona foi eliminado. Já não havia mais ambiente", terá dito em conversa com o jornalista Renato Maurício Prado, do Uol Esporte.
Jesus falou ainda sobre o polémico comportamento de Pizzi. O técnico contou a história do médio, agora cedido pelos encarnados ao futebol turco, e a influência desse episódio no clube.
"Ainda houve a indisciplina do Pizzi, que disse um monte de asneiras para um dos meus adjuntos num jogo em que eu estava suspenso. Aí tudo descambou. Mas quando saí, o Benfica estava a três pontos dos líderes e classificado para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Hoje está a 15 pontos da liderança. O problema era só eu?", terá atirado o treinador.
Jorge Jesus, sem clube desde que deixou o Benfica no final de 2021, terá ainda deixado no ar um possível regresso ao Flamengo.
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