Num duelo entre os vice-campeões de Portugal e Bélgica, o Sporting empatou diante do Union Saint-Gilloise (1-1), no primeiro jogo dos leões integrado no estágio que estão a realizar no Algarve.
Após cinco partidas sem que os adeptos pudessem ver o 'novo' Sporting, eis que os comandados de Rúben Amorim tiveram o primeiro jogo perante as câmaras televisivas, ainda que de novo à porta fechada. Os verde e brancos não estiveram em bom plano na primeira parte, com ascendente desde início, mas acabaram por cair de produção no segundo tempo, algo que é natural nesta altura da pré-época e num jogo em que não estiveram muitos dos principais titulares da última temporada.
Para defrontar os vice-campeões da Bélgica, Ruben Amorim optou por uma equipa recheada de jovens formados na Academia de Alcochete, alguns deles ainda sem presença confirmada no plantel principal, mas que foram quem deu mais nas vistas nesta partida. O onze incluiu três reforços: o guarda-redes Franco Israel e os médios Morita e Fatawu. Já o esquema tático escolhido por Rúben Amorim assentou no já habitual 3x4x3.
Após um início equilibrado da partida, que coincidiu com o golo dos leões, a partida serenou e as oportunidades escassearam. No regresso do intervalo, o St. Gilloise, que se encontra numa fase mais adiantada da pré-época fez valer o estatuto de vice-campeão da Bélgica e soube capitalizar o cansaço evidente do clube de Alvalade para conseguir crescer e alcançar o empate.
Para a parte final do encontro, Rúben Amorim lançou o reforço Rochinha, que tentou usar a sua velocidade para quebrar a defensiva adversária, embora sem grandes efeitos práticos.
Com grande parte do plantel a manter-se da última época para a que está prestes a iniciar, os olhos dos adeptos deslocaram-se para aqueles que estão em estreia no clube de Alvalade. Falamos não só dos reforços, mas também de alguns jovens jogadores que Rúben Amorim decidiu levar para o sul do país.
Reforços à lupa
Franco Israel
Assumiu a titularidade na baliza dos leões poucos dias depois de chegar a Alvalade e teve uma tarde tranquila no Parchal. Sempre muito comunicativo com os companheiros de equipa, revelou também bons reflexos e deu boa conta de si com duas defesas na segunda parte. Sem culpas no golo sofrido.
Fatawu
É o reforço que mais tempo está em Alcochete, onde chegou em abril deste ano. Foi utilizado por Rúben Amorim no corredor esquerdo, numa posição que muitas vezes é de Matheus Reis ou Nuno Santos. Notou-se algum nervosismo, talvez pela tenra idade, mas ajudou no capítulo defensivo.
Morita
De todos os reforços lançados por Rúben Amorim nesta partida, o médio que chegou do Santa Clara foi o que mais se destacou. Denotou uma grande capacidade de passe, como prova a bola que conseguiu colocar, de forma deliciosa, nos pés de Edwards quando este sofreu penálti. Além disso, esteve sempre a bom nível nos momentos de ataque à pressão do adversário.
Rochinha
Entrou em campo numa altura em que o Sporting já estava numa parte de menor preponderância ofensiva, mas, ainda assim, mostrou bons detalhes no ataque dos leões.
Trincão
Anunciado na quarta-feira como reforço dos leões, o avançado não foi utilizado por Rúben Amorim nesta partida.
Diogo Abreu
Jovem contratado ao FC Porto também ficou de fora dos eleitos.
St. Juste
Não jogou e não esteve na ficha de jogo porque ainda se encontra a recuperar de uma a uma entorse no tornozelo direito.
Os jovens que deram nas vistas
Dado que o jogo contra o Villarreal acontece já esta quinta-feira, Rúben Amorim optou por lançar neste encontro muitos jovens formados na Academia de Alcochete. Mateus Fernandes, Luís Gomes, Chermiti, Diogo Travassos, Renato Veiga, Essugo e Flávio Nazinho foram os escolhidos.
De toda esta fornada de miúdos da formação, Mateus Fernandes foi quem deu mais nas vistas. Ao lado de Morita, o jovem, de 18 anos, mostrou bons pormenores e fez relembrar Matheus Nunes, que costuma ocupar essa zona do meio campo. Mostrou qualidade técnica.
No que aos restantes diz respeito, olhemos primeiro para aqueles que foram titulares. Luís Gomes deixou bons apontamentos, mas acabou por ficar muito escondido durante os 90 minutos. Já Youssef Chermiti deixou-se levar pelo nervosismo. O avançado tem grandes argumentos físicos, mas não teve cabeça e mostrou pouca confiança com o passar do encontro. Nazinho, por seu turno, já sabe o que são as lides da equipa principal. Jogou fora de posição, na zona do defesa-central, mas nem por isso deixou de mostrar competência.
No segundo tempo houve espaço para ver Diogo Travassos, Renato Veiga e Dário Essugo. O primeiro rendeu Pedro Porro nos últimos 30 minutos do jogo, numa altura em que os leões já acusavam algum desgaste físico. Mostrou-se seguro a nível defensivo. Já os dois médios tiveram pouco tempo para se mostrar no relvado, mas cumpriram as suas tarefas.
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