No olímpico K1 1.000, Pimenta, medalha de bronze em Tóquio2020 e 'vice' mundial, foi impotente para travar o seu grande rival, o húngaro Balint Kopasz, que, imparável, detém atualmente os três grandes títulos internacionais.
O canoísta minhoto terminou em 3.31,964 minutos, atrás de Kopasz, que triunfou em 3.29,898, num pódio que ficou completo com o belga Artuur Peters, em 3.32,401.
Pouco mais de três horas depois, e quando se preparava para o K1 5.000, cujo pódio europeu não falha há vários anos, uma tempestade sobre o campo de regatas adiou a final para domingo, sendo que o limiano já tem outra, a de K2 1.000, com o jovem João Duarte.
De resto, em dia fértil em finais, Teresa Portela foi quinta em K1 200 metros, Hélder Silva sétimo em C1 200, o mesmo lugar da dupla Inês Penetra e Beatriz Lamas em C2 500, enquanto o K4 500 de João Ribeiro, Messias Baptista, Emanuel Silva e David Varela acabou em nono.
A canoagem, que já tem assim três medalhas -- as duas de Pimenta e o bronze de Norberto Mourão, na classe adaptada VL2 --, tem no domingo nova oportunidade para aumentar o pecúlio de pódios, com mais cinco finais A, além das de Pimenta.
No ténis de mesa, Tiago Apolónia ficou também a um jogo de garantir uma medalha, perdendo nos quartos de final, por 4-3, ante o esloveno Darko Jorgic, pelos parciais de 8-11, 12-10, 11-5, 8-11, 6-11, 11-8 e 12-10, em 62 minutos.
Shao Jieni já tinha ficado igualmente a um jogo de assegurar um pódio, afastada pelos mesmos 4-3: a atleta de origem chinesa já tinha ficado a um desafio de pódio nos pares femininos em equipa com Fu Yu.
Ana Cabecinha foi uma das grandes obreiras de uma fuga de sete atletas na prova dos 20 quilómetros marcha, porém, por volta da hora de corrida, perdeu a ligação às da frente, terminando em oitavo, quando tinha o quinto lugar à mercê: a dois quilómetros da meta, foi penalizada com uma paragem de dois minutos, que a fez perder três posições.
Carolina Costa foi 14.ª com recorde pessoal de 1:35.36 horas, enquanto Joana Pontes foi desqualificada.
Hélder Santos foi 21.º e Paulo Martins 25.º na prova masculina que deveria contar com João Vieira, que assim se tornaria no português com mais presenças em Europeus, sete, mas o marchador de Rio Maior ressentiu-se de uma lesão nas isquiotibiais e foi aconselhado a não competir pelo médico da federação.
No estádio olímpico, apenas uma participação, de Olímpia Barbosa nos 100 metros barreiras, com a atleta lusa a apurar-se para as meias-finais. Conseguiu o 10.º tempo global das eliminatórias, tendo corrido a distância em 13,29 segundos, que lhe permitiu ser repescada para as 'meias', agendadas para domingo, pelas 18:10 (hora de Lisboa).
Barbosa, de 27 anos, foi quarta na terceira e última eliminatória, a série mais rápida, e registou o sétimo melhor tempo das 21 atletas que participaram - as três primeiras de cada 'heat' apuraram-se diretamente, com os três tempos mais rápidos das restantes alvo de repescagem.
A segunda edição dos campeonatos Europeus multidesportos está a decorrer em Munique até domingo e reúne nove modalidades, estando Portugal representado em sete, nomeadamente atletismo, canoagem, ciclismo, ginástica artística, remo, ténis de mesa e triatlo.
Portugal soma já seis medalhas, designadamente duas de ouro, através de Pedro Pablo Pichardo, no triplo salto, e de Iúri Leitão, no scratch do ciclismo de pista, uma de prata, por Auriol Dongmo, no lançamento do peso, e uma de prata (K1 1000) e uma de bronze (K1 500) do canoísta Fernando Pimenta.
Na paracanoagem, Norberto Mourão garantiu o bronze na classe VL2.
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