Frederico Varandas explicou, esta quinta-feira, na conferência de imprensa de apresentação de Rui Borges como novo treinador do Sporting, a decisão de avançar para a demissão de João Pereira, ao cabo de apenas oito partidas oficiais.

"Sabíamos das dificuldades, sabíamos do choque emocional brutal pela saída do treinador Ruben Amorim. Teve, também, a Lei de Murphy, com uma onda de lesões que nunca tivemos. Teve, também, arbitragens extremamente infelizes, que prejudicaram a carreira do treinador, num momento crucial", afirmou.

"Sabíamos tudo isso, mas foi uma opção lógica, de continuidade, por alguém que conhecia o processo e os jogadores, mas, hoje, olhando para trás, o principal problema foi que João Pereira não pôde ser João Pereira. Sai um treinador como Ruben Amorim, mas também não conseguimos ter João Pereira", prosseguiu.

"Quando me sentei com João Pereira, para negociar a rescisão, o João Pereira não quis nem um cêntimo de dois anos e meio de contrato. Apenas me disse 'Presidente, este clube deu-me tudo. Jamais me terá de pagar o que for'. Esta nobreza diz muito do que é o João, e agradeço por tudo o que tentou e não conseguiu em prol do nosso clube", completou.

Uma situação que, assegurou o presidente leonino, não irá repetir-se: "Pela primeira vez, teremos um treinador que pode ser o Rui Borges, porque assim lhe é permitido. Muito se falou, também, então o porquê de uma apresentação com tanta confiança. É esta a minha escola e o meu conceito de liderança. Não me interessa o que podem dizer de fora".

"Reconhecemos em Rui Borges, não só a sua ideia de jogo e ideia tática, mas um homem que lidera pelo simples discurso, a quem os seus homens seguem. Ao Rui Borges, não lhe desejo competência, desejo-lhe boa sorte, que também a precisa. Obrigado ao Rui e à futura equipa técnica. O Sporting está em todas as frente em que pode estar, e o Sporting de hoje, que voltou a ser o Sporting de há muitas décadas, luta e continuará a lutar por todos os títulos", rematou.

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