O presidente da FIFA, Gianni Infantino, concedeu, ao início da manhã deste sábado, uma 'explosiva' conferência de imprensa, na qual refutou todas as críticas que têm vindo a ser dirigidas ao Qatar, o anfitrião do Campeonato do Mundo.
O líder máximo do organismo que rege o futebol internacional começou a intervenção dizendo sentir-se "qatari", "árabe", "africano", "homossexual" e até "trabalhador migrante", lamentando, de seguida, a cobertura mediática que tem sido feita à prova.
"Eu sou europeu. Penso que, por aquilo que nós, os europeus, temos feito nos últimos 3.000 anos em redor do mundo, deveríamos pedir desculpa pelos próximos 3.000 anos. Vim cá há três anos e abordei, imediatamente, a questão dos trabalhadores migrantes", começou por dizer.
"Se a Europa se importasse, verdadeiramente, com o destino destes jovens, faria o mesmo que o Qatar fez, criando alguns canais legais em que, pelo menos, uma percentagem destes trabalhadores conseguisse vir", prosseguiu.
"Com vencimentos inferiores... mas dando-lhes alguma esperança e algum futuro. Isto não significa que não devamos apontar o que não funciona no Qatar. Claro que há questões que devem ser abordadas. Estas lições de moral unilaterais são, apenas, hipocrisia", completou.
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