"Os futebolistas devem ter o direito de expressar o seu apoio à defesa dos direitos humanos dentro, e fora, do terreno de jogo", considerou a FIFPRO, em comunicado, acrescentando: "Apoiaremos todos os jogadores que utilizem as suas redes sociais para o fazerem".
A posição da FIFPRO surge um dia depois das sete seleções europeias que pretendiam utilizar no Qatar uma braçadeira de capitão inclusiva renunciarem ao seu uso, face à ameaça de procedimentos disciplinares no decorrer do Mundial2022.
"Não estamos de acordo com a premissa de que os capitães possam ser sancionados, pois trata-se de uma ação coletiva, que envolve jogadores, dirigentes e federações. Fazer recair sobre eles a ameaça de uma sanção, é um erro", refere a FIFPRO.
No entanto, o sindicato reconhece que existe um regulamento sobre equipamentos para o Mundial, que determina restrições em relação às braçadeiras usadas pelos capitães.
A polémica das braçadeiras ficou desde logo evidente, quando várias federações europeias se uniram no sentido de utilizar uma braçadeira com a inscrição 'One Love' (um amor), em alusão à igualdade, mas que a FIFA avisou não ser possível.
Entretanto, o organismo que gere o futebol mundial, decidiu antecipar a campanha "Não à discriminação", que deveria começar nos quartos de final do Mundial2022, a fim de permitir que os 32 capitães das seleções possam usar essa braçadeira durante o torneio.