É altura de grandes alterações em Old Trafford. Cristiano Ronaldo e Manchester United deixaram de dançar o mesmo tango, uma vez que o português rescindiu contrato com os red devils.
A notícia que começou a circular com grande insistência nos últimos dias ganhou carimbo oficial na terça-feira, quando o Manchester United confirmou a rescisão por mútuo acordo com o agora antigo camisola 7 dos red devils, colocando um ponto final a uma relação que tinha sido reatada no verão de 2021 e que não chegou a terminar - o contrato de Ronaldo acabava apenas em junho de 2023.
"Cristiano Ronaldo vai deixar o Manchester United, por acordo mútuo, com efeitos imediatos. O clube agradece-lhe a sua imensa contribuição ao longo de duas passagens por Old Trafford, com 145 golos em 346 jogos, e deseja-lhe, e à sua família, tudo de bom para o futuro. Toda a gente no clube continua focada em continuar o progresso da equipa com Erik ten Hag e em trabalhar em conjunto para conseguir sucesso nos relvados", escreveram os red devils, num curto comunicado divulgado nas plataformas oficiais.
Esta medida drástica do clube inglês surge depois da bombástica entrevista que o capitão da equipa das quinas deu ao jornalista inglês Piers Morgan, na qual criticou longamente o clube, Erik ten Hag, e revelou sentir-se "traído" e desrespeitado naquele emblema, ao qual regressou em 2021, após uma primeira passagem (2003-2009), já depois de representar Real Madrid e Juventus.
Ronaldo agradece e poupa milhões ao clube
Poucos minutos depois de se saber do despedimento de Cristiano Ronaldo, o internacional português divulgou um comunicado no qual agradeceu tudo o que lhe deram nesta segunda passagem pelo Manchester United, mas disse ser tempo de dar um novo rumo à carreira
"No seguimento do diálogo com o Manchester United, chegámos a mútuo acordo para terminar o nosso contrato precocemente Eu amo o Manchester United e amo os adeptos, isso nunca irá mudar. No entanto, sinto que é a altura certa para procurar um novo desafio. Desejo à equipa todo o sucesso para aquilo que resta da temporada e para o futuro", pode ler-se no comunicado assinado pelo internacional português.
Esta saída antecipada de Old Trafford é, também ela, um alívio para as contas do Manchester United. É que de acordo com a imprensa inglesa, o internacional português terá abdicado de um valor na ordem dos 11,5 milhões de libras - 13,3 milhões de euros - relativo aos ordenados a que ainda teria direito, até junho do próximo ano de 2023.
O passo que se segue na carreira e o substituto em Old Trafford
Com o passe na mão e livre para definir o próximo passo na carreira, Ronaldo, que está concentrado em disputar o Mundial'2022 com as cores nacionais, terá os próximos tempos para definir qual clube vai representar a partir do mês de janeiro, altura em que reabre o mercado de transferências.
E qual poderá ser o próximo destino do português? Em Inglaterra escreve-se que Chelsea, Newcastle e Manchester City (que tentou a contratação de CR7 no verão), estão de olho no avançado, de 37 anos. Sporting, PSG, AS Roma, Napoli, Bayern Munique e MLS são outros dos destinos prováveis. O Real Madrid foi apontado nas últimas semanas, mas Florentino Pérez terá vetado o regresso do português à capital espanhola.
Mas quem já pensa no pós-Ronaldo é o Manchester United. Com o português já fora, os red devils definiram Cody Gakpo, estrela do PSV, como o substituto ideal para o antigo camisola 7. Uma proposta de 50 milhões de euros poderá chegar para levar o jovem de Eindhoven.
Chuva de reações (e críticas) após a saída
Escusado será dizer que este afastamento, já anunciado, de Cristiano Ronaldo virou tema central em Inglaterra e que as reações são mais do que muitas. Se a maioria dos comentadores se colocou ao lado de Erik ten Hag, por o técnico já não ter condições para recolocar o português na equipa, o mesmo não se pode dizer de Paul Scholes, que não poupou nas críticas ao antigo companheiro de equipa. Já Rio Ferdinand, Wayne Rooney, Darren Bent deram a entender que o destino não poderia ser outro que não o que se ficou a conhecer na terça-feira.
'Grazzer's out' pode mesmo ser uma realidade
Nos últimos meses, Old Trafford tem sido palco de várias manifestações contra a administração da família Glazer, que comprou o Manchester United em 2005, e a verdade é que os norte-americanos podem mesmo estar de saída do clube inglês.
Numa nota publicada no site oficial, a direção dos red devils deu a entender que começou um processo de "exploração de alternativas estratégicas" para a formação britânica. Na nota, pode ler-se que o clube vai considerar toda e qualquer proposta feita, incluindo novos investimentos no clube, uma venda ou outras transações envolvendo a empresa que está à frente do clube.
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