O homem que invadiu o relvado durante o triunfo de Portugal sobre o Uruguai, por 2-0, envergando mensagens de apoio à causa LGBTQ+, às mulheres iranianas e à Ucrânia disse, esta terça-feira, ter sido autorizado pelas autoridades a permanecer no Qatar, apesar do sucedido.
Em entrevista concedida ao portal brasileiro Globoesporte, o italiano Mario Ferri, um 'velho conhecido' destas andanças, ou não tivesse sido já a 11.ª invasão de campo da 'carreira', revelou, ainda, que esteve frente a frente com o presidente da FIFA, Gianni Infantino, instantes após ter sido detido pelo polémico episódio.
"Escolhi o melhor cenário para enviar as mensagens. Quando me prenderam, Infantino desceu e perguntou 'Porquê? Porquê? Porquê?'. Ele lembrava-se das outras [invasões]. Eu disse 'Porque jogámos à polícia e ao ladrão. Eu contra 5.000'", atirou.
"Assinei uma declaração para que não voltasse a fazer isto. Mas eles permitiram-me ver as partidas. Eu pedi 'Posso ver as partidas?'. Disseram 'Sim, você é bem-vindo. Pode permanecer no Qatar'. Entenderam bem a mensagem", completou.
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