Roger Schmidt, treinador do Benfica, concedeu, este sábado, uma grande entrevista à plataforma BPlay, na qual se mostrou rendido à dimensão que o clube da Luz tem, apontando que as águias têm um papel enorme "não só em Lisboa, mas em todo o país".
"Diria que toda a gente conhece a dimensão do Benfica, até pelo número de sócios, mas para perceber realmente como é grande, é preciso estar em Lisboa ou em Portugal. Penso que ao estar lá, ao experienciar o amor e a paixão pelo Benfica, tanto no Clube como na cidade, ficamos a perceber que tem um papel enorme, não só em Lisboa, mas em todo o país", começou por dizer o treinador alemão.
"Quando jogamos em Lisboa, mas também nos jogos fora de casa, há sempre benfiquistas connosco. É sempre especial, e tenho de admitir que nunca tinha experienciado algo assim. Então, existe um sentido de responsabilidade pela felicidade e pelo orgulho das pessoas, e isso é uma enorme motivação para nós", acrescentou Schmidt, que falou ainda da adaptação ao futebol luso.
"Foi muito fácil. A qualidade de vida em Portugal, particularmente em Lisboa, é muito boa. Sabia disso à partida. O que não sabia era que as pessoas eram tão acolhedoras e que ia sentir-me em casa tão rápido. Por isso, a minha adaptação foi muito fácil. Depois, claro, com o trabalho no Clube, e à medida que fui conhecendo o staff, integrei-me muito depressa. Foi um ajuste verdadeiramente simples", atirou o germânico.
Outro dos tema abordados foi a prestação do Benfica na fase de grupo da Liga dos Campeões, com Roger Schmidt a admitir que esse era um objetivo.
"Era seguramente o nosso objetivo, depois do apuramento para a Liga dos Campeões, passar da fase de grupos e chegar aos oitavos de final. Com a Juventus, o PSG e o Maccabi, tocou-nos um grupo claramente complicado. Foi por isso que, ao princípio, não nos importava terminar em primeiro ou segundo, mas claro que mais perto do final, especialmente após o duplo embate com o PSG, sabíamos que o primeiro lugar estava ao nosso alcance. Foi uma última jornada improvável: o PSG venceu a Juventus e nós ganhámos em Israel", destacou o treinador alemão, antes de prosseguir:
"O facto de ter chegado ao desempate por diferença de golos foi surpreendente, e foi uma questão de ímpeto, mas também mostrámos que somos capazes de dar tudo e fazer as coisas bem até ao final. É evidente que tivemos alguma sorte em marcar os golos na altura certa. Faz uma enorme diferença passar em primeiro ou segundo, não só no sorteio, mas também por jogar em casa na 2.ª mão."
O próximo adversário na prova milionária é o Club Brugge, formação belga da qual Schmidt admitiu não ter muito conhecimento.
"Ainda falta muito tempo, na minha opinião, por isso ainda não estou concentrado nesse jogo. Não sei muito acerca do Club Brugge. Naturalmente, são uma equipa forte, com muitos jogadores jovens e talentosos. Vou começar a pensar neles como adversários dentro de um ou dois meses. Ainda temos algum tempo. Por agora, vamos descansar um pouco, concentrar-nos na Taça da Liga, na Liga e na Taça de Portugal, e mais tarde pensaremos na Liga dos Campeões", salientou o treinador do Benfica, deixando a garantia de que os encarnados vão lutar pela passagem aos quartos de final.
"Queremos tentar passar para os quartos de final, e depois veremos o que se segue para nós. Temos passado a época a pensar jogo a jogo, em todas as competições, tentamos dar o nosso melhor e apresentar a melhor forma possível, e só é possível fazê-lo se tratarmos o próximo jogo como o jogo mais importante, e se nos prepararmos da melhor maneira", vincou.
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