Na grande entrevista que concedeu à plataforma BPlay, Roger Schmidt, técnico do Benfica, destacou a importância da pré-época para que o plantel se pudesse adaptar às suas ideias táticas, elogiando a rapidez com que os seus jogadores assimilaram a metodologia.
"Na pré-temporada tentámos construir as bases do nosso jogo e da forma como queríamos jogar, e depois continuámos a desenvolvê-las ao longo da época. A única altura em que dá para treinar com a equipa é durante a pré-época, depois tens de continuar a trabalhar à medida que há jogos, porque jogando a cada três dias não sobra muito tempo para treinar como um coletivo. Mas a equipa implementou tudo muito bem", começou por dizer Roger Schmidt.
"Penso que gostam de jogar assim, também. Rapidamente ficámos alinhados, e fizemos transferências muito boas. Os jogadores que chegaram nesta época encaixam muito bem. O sucesso gera confiança, e a equipa entra numa onda positiva, por isso acho que temos sido bem-sucedidos", prosseguiu.
Schmidt falou ainda da mescla entre juventude e experiência que pauta o plantel do Benfica, dando como exemplo a dupla de centrais formada por Nico Otamendi e António Silva.
"Creio que isso é muito individual. Gosto muito da diversidade na nossa equipa. Temos jogadores muito experientes, como o nosso capitão Nico Otamendi, que aparece há muito tempo no futebol, e temos jovens jogadores na equipa, em início de carreira. A nossa dupla de centrais, composta por Nico Otamendi e António Silva, é o reflexo da nossa equipa: um jovem oriundo da nossa Formação e um jogador que esteve no Manchester City, que representa a seleção da Argentina, e que já conquistou muito. Juntá-los a todos é um naturalmente um desafio", assumiu o treinador alemão.
"Penso que para superar esse desafio, e para acompanhar e liderar os jogadores, é importante já ter experienciado estas situações, para conseguir comunicar com estes jogadores, e acompanhá-los. Claro que um jogador jovem precisa de mais orientação e conselhos táticos, e um jogador experiente só precisa de instruções específicas. Mas como já disse, é entusiasmante, e é muito desafiante para mim", salientou ainda.
O treinador, de 55 anos, destacou ainda a boa relação que tem com os seus jogadores, deixando ainda um objetivo para os próximos tempos.
"Creio que atualmente, ao jogar internacionalmente, a ambição é ter a equipa a jogar a um nível de topo de três em três dias. Os jogadores são todos indivíduos. Não deixam de ser humanos. Para retirar o melhor de uma pessoa, é preciso criar uma ligação emocional, vezes e vezes sem conta. Para prepará-los, é preciso tratá-los de forma individual, também. Penso que a ideia que mencionei anteriormente, sobre adquirir experiência em várias áreas, é muito valiosa, especialmente entre jogos, quando temos de tomar muitas decisões e ter muitas conversas, para fazer sempre a coisa certa, e para alcançar um ponto em que os jogadores estão na melhor forma possível para jogar ao mais alto nível", finalizou o alemão.
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