Apesar de estar ligado ao Benfica desde 2011, André Almeida não vive dias fáceis no emblema da Luz e a aproximação do mercado de inverno poderá ser perentória para decidir o futuro do jogador.
O experiente defesa de 32 anos estreou-se a titular esta temporada, no duelo de cairz particular diante do Sevilla, no passado domingo, mas com a particularidade de não ter envergado a braçadeira de capitão, que foi utilizada por Rafa.
Face à ausência de João Mário e Nicolás Otamendi, convocados para o Mundial do Qatar por Portugal (entretanto eliminado) e Argentina, respetivamente, seria de esperar que André Almeida pudesse capitanear a equipa encarnada, porém, isso não aconteceu, numa época em que até Grimaldo e Odysseas Vlachodimos já utilizaram a braçadeira de capitão.
Roger Schmidt tem preferido dividir a titularidade no lado direito da defesa entre Gilberto e Alexander Bah, sendo que, quando um entra de início, o outro costuma estar pronto para entrar no decorrer dos jogos. No meio de tudo isto, André Almeida raras vezes entra na ficha de jogo, sendo que já nem a hierarquia de capitães parece ocupar.
André Almeida chegou a jogar na Liga dos Campeões na época passada, porém, desde a chegada de Roger Schmidt não somou minutos em jogos oficiais.© Getty Images
Estatuto perdido em final de contrato
Ao longo das últimas onze temporadas em que esteve ligado às águias, André Almeida posicionou-se praticamente sempre no topo da hierarquia de capitães de equipa, de tal forma que, mesmo quando entrava a partir do banco, via a braçadeira ser-lhe prontamente colocada.
Porém, as coisas mudaram. André Almeida deixou de ser um titular absoluto no Benfica desde 2018/19 e, com várias lesões pelo meio, uma das quais com paragem de nove meses, passou a ser mais um 'homem de balneário', pela experiência que lhe é reconhecida dentro e fora das quatro linhas.
Esta temporada, sob as orientações do treinador alemão, o lateral-direito apenas tinha jogado 45 minutos no primeiro particular das águias, diante do Reading (2-0) e, apesar de ter estado na ficha de jogo de dois jogos da Liga dos Campeões (diante do Midtjylland) e ainda em jogos da Taça da Liga e Taça de Portugal, apenas voltou a somar minutos no amigável do passado domingo, diante do Sevilla, tendo sido opção na primeira parte.
Tudo isto acontece numa altura em que se aproxima o fim de contrato do jogador com o clube, com término apontado para julho de 2023. Nesse sentido, a janela do mercado de inverno poderá vir a ser crucial para decidir o futuro de André Almeida, cada vez mais próximo da porta de saída, apesar de todo o palmarés conquistado ao serviço do Benfica desde 2011, altura em que saiu do Belenenses.
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