Gianni Infantino voltou, esta sexta-feira, a abordar o número de mortes de trabalhadores migrantes envolvidos nas obras das infraestruturas do Campeonato do Mundo, na conferência de imprensa que anteveu a final, do próximo domindo.
O presidente da FIFA sublinhou que "qualquer pessoa que morre é uma pessoa em demasia" e "uma tragédia para a família e para todos os envolvidos", mas alertou para o trabalho levado a cabo pelo organismo para garantir que este tipo de situação não se garante em competições futuras, depois do sucedido no Qatar.
"Os números de que falou são muito diferentes. Os 3+1 foram pessoas que morreram na construção de estádios. Os 400 ou 500 falados são pessoas que morreram noutras construções, desde 2014. Quando falamos de números, temos de ser muito precisos para não criar impressões de outra coisa", começou por dizer.
"Temos de ser muito precisos e atentos à maneira como os enquadramos. Cada perda de vida é uma tragédia. Aquilo que podíamos fazer para alterar a legislação para proteger a saúde e os direitos dos trabalhadores, fizemos. Estamos a fazer o que podemos fazer para o futuro", prosseguiu.
"Tivemos várias discussões e estamos muito perto de alcançar um acordo com instituições internacionais, porque queremos levar esta experiência para o futuro e garantir que podemos aproveitar as atenções sobre os Mundiais para melhorar a vida de algumas pessoas", completou.
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