A aventura de Rodrigo Pinho no Benfica parece estar prestes a chegar ao fim. O avançado brasileiro de 31 anos deve abandonar a Luz já em janeiro, altura em que o mercado de transferências reabre, e regressar ao Brasil, pela porta do Coritiba, clube orientado pelo português António Oliveira. Ora, a confirmar-se este cenário, Rodrigo Pinho irá deixar os encarnados com um legado nada positivo, numa passagem marcada pelas sucessivas lesões e pela falta... de golos.
O interesse do Benfica começou na época 2020/21, em pleno mês de janeiro. O avançado brasileiro estava a brilhar no Marítimo e contabilizava, naquela altura, 12 golos na primeira metade da temporada. Em final de contrato com os insulares, as águias não quiseram aceder às exigências financeiras para que o jogador fosse libertado no início de 2021 e esperaram pelo final da temporada, em junho, para contratar o brasileiro a custo zero.
No entanto, assim que o mercado encerrou Pinho esteve mais de dois meses sem jogar devido a lesão. Acabaria por regressar a 7 de março, mas voltaria a parar a 21 de abril. Pelo meio fez apenas cinco jogos e marcou dois golos.
Apesar dos problemas físicos, o Benfica manteve o interesse no ponta de lança brasileiro e acenou com um contrato de cinco anos para convencer Rodrigo Pinho a assinar. Transferência consumada, mas a mudança tática promovida pelo então treinador Jorge Jesus deixavam os caminhos para o onze... tapados. Em 2021/22 foi utilizado em três jogos, entre agosto e setembro, numa fase de maior aperto no calendário, e até marcou um golo nos Açores. Ainda assim, não convenceu Jesus e acabou, mais uma vez, por contrair nova lesão. A 19 de outubro, o Benfica anunciava que Rodrigo Pinho havia sido alvo de uma intervenção cirúrgica por conta de uma "entorse traumática no joelho esquerdo, com rotura do ligamento cruzado anterior". A lesão era, assim, grave e Rodrigo Pinho não mais foi opção nessa temporada.
A recuperação foi complicada e demorada. A chegada de Roger Schmid, no último verão, era vista como nova janela de oportunidade, mas a falta de ritmo acabou por colocar Rodrigo Pinho num plano mais secundário e a despromoção à equipa B foi inevitável. De todo o modo, o brasileiro até mostrou serviço na II Liga e apontou dois golos a 3 de setembro deste ano, frente ao Leixões, naquele que foi o seu regresso em jogos oficiais depois da lesão no joelho. Schmidt gostou do desempenho do brasileiro e deu-lhe, precisamente uma semana depois, uma oportunidade - com a duração de 26 minutos -, numa complicada visita ao Famalicão que acabou em vitória para as águias.
A partir daí, Rodrigo Pinho passou a rodar entre equipa A e equipa B, mas com os golos sempre a serem marcados pela formação secundária. Na equipa principal apenas conseguiu uma assistência ao cabo de sete jogos, sendo que apenas contra o Caldas foi titular (e saiu ao intervalo).
Proposta de dois anos e meio
Ao contrário do Benfica, o Coritiba oferece um contrato de dois anos e meio a Rodrigo Pinho. O Globoesporte garantia, aliás, na quarta-feira, que os encarnados já aceitaram a proposta do emblema brasileiro. Os valores permanecem em segredo.
Regresso ao Brasil sete anos depois de chegar a Braga
O ponta de lança iniciou a carreira no Bangu e passou pelo Madureira até chegar a Braga em 2015. Sem conseguir impor-se na equipa do Minho, Pinho foi emprestado ao Nacional, e a felicidade até estava na Madeira, mas no emblema rival. No Marítimo acumulou um saldo de 39 golos em 118 jogos disputados. Sete anos depois, está de regresso ao Brasil.
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