Paulinho parece ter-se reencontrado com os golos e últimos cinco jogos festejou em sete ocasiões, prova de que está de pé quente ao serviço do Sporting, depois de um período de menor eficácia.
Ainda assim, Pedro Mendes, antigo jogador dos leões, defende que um avançado não deve ser julgado apenas pelos golos que marca, mas também pelo trabalho que realiza em prol da equipa. Porém, o agora atleta do Ascoli reconhece que ser avançado do clube de Alvalade é uma grande responsabilidade.
"É uma responsabilidade muito grande ser avançado do Sporting, claro, e ser português é uma responsabilidade maior. As qualidades de um avançado são sempre cobradas pela falta de golos e nunca pelo que dão ao jogo ou à equipa. O Paulinho tem feito golos e numa equipa grande muitas vezes é apenas isso que todos olham", começou por dizer Pedro Mendes, em declarações ao jornal A Bola.
"Mas um treinador não pede apenas isso. Tem de ajudar a equipa a defender e o avançado tem de ser o primeiro nessa tarefa. Mas se não fazem golos não está a dar o rendimento necessário. O mais importante é ele ter a confiança do treinador e isso ele tem", acrescentou, que rejeitou ainda a ideia de que o avançado português está em vias de extinção.
"Não penso nisso. O futebol mudou e depende muito da forma e estilo de jogo da equipa. O que o treinador e a tática pedem. Hoje o futebol é mais ligado, tem de ter maior capacidade de passe, de cruzamento, de roturas, e nessa vertente tanto marca o avançado, como o médio ou o extremo. E os 30 golos que seriam só do avançado acabam por ser partilhado pelo resto da equipa", finalizou o avançado do Ascoli.
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