Bruno Costa Carvalho, candidato à presidência do Benfica em 2009 e 2020, comentou esta quarta-feira a sentença conhecida de Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico da SAD das águias, no desfecho do caso E-toupeira. O empresário sublinha que o clube encarnados "fez bem" em afastar-se do antigo dirigente, mas também frisa que "os negócios que Paulo Gonçalves fez com o Benfica posteriormente" soam a "pagamento".
"O Benfica fez bem em ter-se afastado de Paulo Gonçalves para não ser arrastado neste processo, mas não vale a pena tapar o sol com a peneira. Na tese de que Paulo Gonçalves fez isto sem Vieira saber acredita quem quiser. Já agora, os negócios que Paulo Gonçalves fez com o Benfica posteriormente soam-me a pagamento de favores", começou por escrever Bruno Costa Carvalho, na rede social Facebook, prosseguindo.
"Ninguém conte comigo para branquear situações destas ou compactuar com práticas menos lícitas dentro do meu clube. Ao contrário do que sei que se passa noutros clubes, onde ganhar a qualquer custo serve, isso para mim não colhe. Quero o Benfica ganhador, mas por competência e não por trafulhice. Esta história, enquanto Benfiquista, envergonha-me profundamente e creio que nenhum Benfiquista de bem se revê nisto", concluiu o antigo candidato.
Recorde-se que Paulo Gonçalves foi condenado a dois anos e seis meses de pena suspensa por corrupção no julgamento do processo E-toupeira, adiantou hoje a defesa do antigo dirigente dos 'encarnados', que já prometeu recorrer.
O antigo assessor jurídico da SAD das águias estava acusado de seis crimes de violação do segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo, em coautoria, além de um crime de corrupção ativa, dois de acesso indevido e dois de violação do dever de sigilo.
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