Detido no final de novembro com a acusação de apropriação indevida de verbas destinadas à construção de uma fábrica de relvados artificiais para campos de futebol, Andrii Pavelko já tinha sido suspenso em fevereiro, por um mês.
O dirigente não chegou a cumprir a punição, alegando que os estatutos da UEFA e da FIFA não permitem o julgamento de casos de futebol na justiça civil: a federação já anunciou que vai voltar a recorrer.
FIFA e UEFA contemplam a exclusão de candidaturas à organização de eventos dos países que não respeitem a imunidade das suas federações perante a justiça das suas nações.
A Ucrânia foi desafiada por Portugal e Espanha a juntar-se à candidatura Ibérica como um ato de solidariedade e ajuda na reconstrução do país, contudo o prolongar da guerra com a Rússia também não ajuda as pretensões conjuntas.
Em junho, a FIFA vai divulgar as candidaturas válidas para albergar o campeonato do Mundo de 2030, com o vencedor a ser conhecido no congresso do organismo de 2024.
Os problemas com a justiça ucraniana e o prolongar da guerra são dois fatores que vários médios de informação internacionais têm usado para sugerir que os países ibéricos pensam na possibilidade de substituir a Ucrânia por Marrocos, que nunca recebeu o evento, tendo perdido as candidaturas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2026, ganha pelo consórcio que junta Estados Unidos, México e Canadá.
Além de ser um país próximo geograficamente, a inclusão de Marrocos permitiria que a competição decorresse, pela primeira vez, em dois continentes distintos, respondendo assim também ao projeto que envolve a europeia Grécia, a asiática Arábia Saudita e o africano Egito.
O aumento para 48 seleções em competição abriu a possibilidade a organizações mais amplas em termos de continentes organizadores.
Membro do comité executivo da UEFA, Pavelko, que pretende ser reeleito para o cargo no congresso de Bruxelas, em 05 de abril, diz ser vítima de uma conspiração e garante que não se vai demitir, socorrendo-se dos estatutos da FIFA e UEFA sobre a não ingerência da justiça civil.
Argentina e Uruguai iniciaram a candidatura sul-americana, que pretende comemorar o centenário da competição onde esta começou, entretanto reforçada com a inclusão de Paraguai e Chile, sendo que está em aberto a participação da Bolívia.