As duas formações foram sorteadas no Grupo C e defrontam-se logo a abrir, no mítico San Paolo, agora rebatizado Estádio Diego Armando Maradona, casa da equipa sensação do futebol internacional na época 2022/23, o Nápoles, de Luciano Spalletti.
Os italianos têm o fator casa do seu lado, mas não são favoritos face aos ingleses, até pelo seu passado recente de falhanços, as impensáveis ausências dos Mundiais de 2018 e 2022, às mãos de Suécia e Macedónia do Norte, respetivamente.
Pelo meio, a 'squadra azzurra' venceu o Europeu de 2020, adiado para 2021 pela pandemia da covid-19, e conseguiu-o precisamente numa final com os anfitriões ingleses, em Wembley, onde se impuseram no desempate por grandes penalidades.
Quanto à Inglaterra, tem acumulado bons registos nas últimas fases finais, sendo que, além de ser a atual vice-campeã europeia em título, foi quarta no Mundial de 2018 e atingiu os 'quartos' na edição de 2022, caindo perante a França (1-2).
A expectativa é, assim, de um grande jogo em Nápoles, num Grupo C em que nenhuma das seleções pode vacilar, face à presença da Ucrânia - que arranca em Inglaterra, já na segunda ronda, no domingo -, além de Macedónia do Norte e Malta.
O Grupo B é o outro que tem duas equipas de topo, a vice-campeã mundial em título França e os Países Baixos, que também se encontram na primeira ronda, na sexta-feira, em Saint-Denis, em mais um encontro que promete muito.
Junto com gauleses e neerlandeses estão a República da Irlanda, a Grécia, histórica vencedora do Euro2004, em solo luso, numa final com Portugal (1-0), e Gibraltar.
Jogos do nível de Itália-Inglaterra e França-Países Baixos vão, porém, ser raros, numa fase de qualificação em que as 53 seleções europeias -- sem a Alemanha, já apurada, e a Rússia, excluída pela invasão à Ucrânia -- foram divididas em 10 grupos, consoante o ranking.
Desta forma, não há mais nenhum agrupamento com duas seleções tão cotadas, mas há outros bem interessantes, como o Grupo A, que tem como 'cabeça de série' a Espanha e muitas das atenções centradas na Noruega.
O avançado Erling Haaland está a ser uma das grandes figuras da temporada 2022/23, mas já não esteve no Qatar2022, e todos querem perceber se, com a ajuda de jogadores como Odegaard ou o benfiquista Aursnes, vai conseguir colocar a Noruega no Euro2024.
Para começar, os nódicos, sem o lesionado Haaland, viajam no sábado a Espanha para um 'duro teste', frente a um conjunto agora comandado por Luis de la Fuente, o sucessor de Luis Enrique, num Grupo A que inclui igualmente Escócia, Geórgia e Chipre.
A Croácia, no Grupo D, que também tem País de Gales e Turquia, a Polónia, agora orientada pelo ex-selecionador português Fernando Santos, e a República Checa, no Grupo E, a Bélgica e a Suécia, no Grupo F, com a 'permissão' da Áustria, a Sérvia, no Grupo G, a Dinamarca, no Grupo H, a Suíça, no Grupo I, e Portugal, no Grupo J, deverão 'passear' rumo ao Euro2024.
Nas duas primeiras rondas, destaque ainda para os embates República Checa-Polónia e Suécia-Bélgica (sexta-feira), Croácia-País de Gales (sábado), Irlanda-França (segunda-feira) e Escócia-Espanha e Turquia-Croácia (terça-feira).
A fase de qualificação, disputada por 53 seleções, em sete grupos de cinco e três de seis, disputa-se em cinco jornadas duplas, de 23 a 28 de março, 16 a 20 de junho, 07 a 12 de setembro, 12 a 17 de outubro e 16 a 21 de novembro.
Os dois primeiros de cada grupo qualificam-se para a fase final, juntando-se à Alemanha, enquanto as restantes três vagas serão encontradas num play-off (21 a 26 de março de 2004), cujo acesso tem por base os resultados da Liga das Nações 2022/23.
A fase final do Europeu de 2024 realiza-se na Alemanha, de 14 de junho a 14 de julho.