Fim da linha para todas as equipas portuguesas nas competições europeias. E todas se despediram aos pés dos... italianos.
O Sporting de Braga tombou diante da Fiorentina, FC Porto e Benfica contra o Inter, e o Sporting foi o derradeiro clube a derivar para a porta de saída, desta feita contra a Juventus.
Um velho destino e ao qual o leão pode, e muito, queixar-se da sorte. Sorte velhaca, miserável, e que nada quis com os pupilos de Rúben Amorim. O Sporting foi melhor nas duas partidas, rematou mais e assumiu claramente as rédeas nos dois encontros, porém no primeiro saiu derrotado, em Turim, por 0-1, e no embate de Alvalade não se foi além de um empate (1-1).
Tal como em Itália, os minutos finais foram dramáticos e mais uma vez com o leão a cheirar o golo, mas não a rugir. Há uma semana Bellerín e Pote desperdiçaram o empate de forma clamorosa, para agora ser Coates a fracassar no par de ocasiões que dispôs. O jogo até começou bem torto para a armada verde e branca, com o remate certeiro de Rabiot, mas rapidamente reagiu com o penálti convertido por Edwards. Porém, o drama instalou-se e acabou por não haver heróis a socorrer um Sporting... injustamente eliminado. Porém, falar em finais justos em futebol é deveras relativo.
Vamos então às notas de destaque desta partida:
Figura
Marcus Edwards rubricou uma exibição de excelência em Alvalade. Uma verdadeira serpentina, rei do drible e dos desequilíbrios. Foi uma das fontes de maior perigo nas imediações da grande área da Vecchia Signora.
Surpresa
Ugarte regressou ao 'onze' dos leões, após falhar a primeira mão por castigo. Dos seus pés nasceu o castigo máximo que conduziu posteriormente ao golo de Marcus Edwards. Um transportador de mão cheia, rapidíssimo nas transações e até a cobrir os erros dos companheiros. Na primeira parte salvou a pele a Gonçalo Inácio num lance de enorme perigo no ataque da Vecchia Signora.
Desilusão
Pode até ser cruel a nomeação, mas Coates deixou toda a nação leonina com um enorme amargo de boca. Se já tinha tido fortes responsabilidades no golo sofrido, também teve nos pés, por duas ocasiões, nos instantes finais, a possibilidade de empurrar o jogo para prolongamento. Porém, e não sendo de cabeça, a pontaria foi desastrosa.
Treinadores
Rúben Amorim mexeu tarde, mas a solução também não saiu do banco para os últimos 13 minutos da partida, momento em que entrou Chermiti. O timoneiro verde e branco apostou nas melhores fichas e arquitectou o melhor plano para destruir os planos de Allegri, porém Amorim não comanda o (des)acerto dos seus homens na zona de finalização.
Massimiliano allegri recebeu duas excelentes notícias no mesmo dia. Se antes do apito inicial viu os tribunais suspenderem o castigo de 15 pontos, horas depois via a sua equipa carimbar o passaporte para as 'meias' da Liga Europa. As substituições trouxeram maior qualidade à Juve e a mensagem passada ao intervalo surtiu efeito. Na etapa complementar vimos um conjunto bianconero mais acertado, a querer tomar as rédeas do encontro e até a dispor na primeira meia hora das ocasiões mais soberanas da partida.
Árbitro da partida
François Letexier não esteve bem técnica e disciplinarmente. Várias faltas por assinalar, cartões mal admoestados e outros que ficaram por mostrar.
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