Pinto da Costa concedeu uma entrevista ao canal SuperSport da África do Sul, esta segunda-feira, em que aproveitou para abordar temas relacionados com o futuro do FC Porto, destacando-se a eventual recandidatura à presidência dos dragões, onde já se encontra há 40 anos.
"Não faço ideia se me recandidato. Hoje, se tivesse que decidir, talvez me recandidatasse, mas ainda falta mais de um ano. Num ano acontece tanta coisa, temos de pensar noutros fatores, no interesse do clube. Não fugirei à responsabilidade se entender que sou necessário. Mas um ano no futebol é muito tempo", começou por dizer, em declarações citadas na edição impressa do jornal O Jogo, desta terça-feira.
De acordo com os estatutos dos azuis e brancos, as candidaturas ao cargo de líder máximo do clube devem ser entregues até 30 dias antes das eleições e, nesse sentido, Pinto da Costa foi questionado se os atuais quadros do FC Porto estariam em condições para assumir o leme do emblema da cidade Invicta caso o próprio não continuasse.
"Há muita gente boa. Mas uma coisa que já disse e repito: o FC Porto não é uma monarquia, é um clube. Não vou interferir se não me recandidatar. Não vou interferir numa possível luta eleitoral a apoiar este ou aquele ou em votar este contra aquele. Naturalmente exercerei o direito de voto, mas ninguém saberá em que votarei", atirou sobre o assunto.
"Tomar parte de alguém seria ajudar a dividir o clube. Os sócios é que têm de escolher, têm-me escolhido a mim. Se não for candidato, têm de escolher outro. Não falta gente de certeza com capacidade para isso. Mas eu apoiarei o que for eleito, mas até ser eleito não terei qualquer ação na chamada campanha eleitoral, que eu nunca fiz", completou o raciocínio.
Pinto da Costa frisou que os homens do futebol devem estar envolvidos com o mundo futebolístico, mesmo no comentário desportivo em contexto de televisões, tendo feito uma comparação de personalidades do FC Porto... às do Benfica.
"É importante o contributo de pessoas que conhecem o futebol por dentro. Nas televisões há programas que teoricamente são sobre futebol, mas que não se discute nada sobre futebol. E as únicas pessoas que realmente acrescentam alguma coisa para o futebol são os antigos jogadores. É o Octávio [Machado], o Rodolfo Reis, o Calado, o Jorge Amaral. Os outros são postos ali para defender o Benfica, como se o futebol fosse uma guerra e estivéssemos num tribunal permanente. Não faz sentido", finalizou.
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