João Mário surpreendeu tudo e todos ao renunciar à seleção nacional logo após se sagrar campeão nacional com o Benfica. Agora, uma semana depois, o médio das águias revela os motivos da decisão que tomou em entrevista ao jornal A BOLA, na edição deste sábado, admitindo que o pouco tempo de jogo foi um dos motivos na hora de dizer adeus à formação das quinas.
"Foi um pouco do resultado de toda a experiência que tive este ano. Tive momentos muito bons no Benfica e quase todos os momentos, não vou dizer negativos, mas menos bons, foram sempre na sequência de pausas para a seleção", começou por dizer João Mário, lembrando o percurso que o deixou "realizado", antes de prosseguir.
"Queria dedicar-me cada vez mais ao meu clube, onde me sinto cada vez mais valorizado. Depois houve situações menos positivas este ano a nível de seleção, especialmente no último estágio, no qual chegava ao meu ponto máximo de carreira, de concretização, pois era o melhor marcador do nosso campeonato, com uma confiança no máximo em mim. Portugal tem uma seleção tão forte que obviamente todos os treinadores podem ter cada opção, e olhando à minha concorrência na seleção era mesmo muito forte, e nessa altura acho que tens de ser sincero contigo mesmo. Quando estás no teu ponto máximo de carreira, vais à seleção de Portugal, que joga com o Liechtenstein, e tu jogas um minuto... (...) Se tu, no teu ponto máximo da carreira, não dá para mais... tens de ser humilde e reconhecer. Dizer muito obrigado e agradecer a pessoas como ao João Pinto, ao presidente da FPF, que sempre me trataram muito bem, mas tens de ser sincero contigo mesmo e terminar", explicou o agora antigo internacional português.
João Mário também admite ter conversado com Rafa Silva, que também já havia renunciado à seleção, e com Roger Schmidt, antes de tomar a decisão de dizer adeus à seleção.
Recorde-se que João Mário, tal como Rafa Silva, fez parte do lote de jogadores que conquistaram o Euro'2016 por Portugal.
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