Silvio Berlusconi morreu, esta segunda-feira, aos 86 anos, em Milão. Para trás deixa um forte legado em San Siro, onde foi durante 30 anos presidente do Milan.
À margem das 29 conquistas no conjunto rossonero, o antigo primeiro-ministro italiano também protagonizou um carrossel de declarações polémicas.
Em baixo elucidamos algumas dessas afirmações como proprietário do AC Milan e, mais tarde, como dono do Monza.
"Eles falam do Milan de Sacchi, Zaccheroni e Ancelotti e nunca falam do Milan de Berlusconi. No entanto, eu estou aqui há 18 anos, eu é que escolho a equipa, imponho as regras e compro os jogadores ... É como se eu não existisse!".
"Eu estou preocupado com Ronaldo [o fenómeno]. Precisamos mandá-lo para Lourdes", Berlusconi percebe, em 2007, que o Ronaldo é propenso a lesões e pede uma intervenção divina.
"Milan? É um assunto do coração. É caro, mas as mulheres mais bonitas também são".
"Um verdadeiro milanês é um homem de verdade, e não se comporta dessa maneira. Na minha casa, sou eu quem manda e toma as decisões. Mas Shevchenko age como um cãozinho da sua mulher".
"O nome de Balotelli nunca esteve nos meus pensamentos. Ele é uma maçã podre, que pode infetar qualquer equipa para onde vá, até o AC Milan".
"Esperamos ter reunido uma equipa capaz de dar espectáculo porque temos certas responsabilidades para com os nossos adeptos e para com o resto do mundo, onde somos a coisa mais famosa de Itália - depois da máfia e da pizza".
"Sua Santidade [João Paulo II], deixe-me dizer-lhe que é um pouco como o meu Milan: ambos saímos muitas vezes de casa para trazer uma ideia vencedora ao mundo".
"Por amor ao meu país, queria ficar calado, mas tenho de dizer que podíamos e devíamos ter ganho. Em vez disso, o [Dino] Zoff fez algumas escolhas indignas. [Zinedine] Zidane teve sempre liberdade para criar oportunidades. Até um amador teria visto isso e teríamos ganho. Por outro lado, a inteligência e a sagacidade, ou se tem ou não se tem...".
"Vou enviar uma carta: a partir de segunda-feira, qualquer treinador do Milan será obrigado a jogar com pelo menos dois avançados. Não é um pedido, é uma ordem".
"Kaká é o filho que todas as mães querem e o marido que todas as esposas gostariam de ter."
"Ancelotti já é suficientemente gordo. Já comeu muitos panettones [pão tradicional italiano que se come no Natal]. Em todo o caso, ele ainda o pode comer este ano".
"Decidi acrescentar um estímulo extra e disse aos rapazes: 'Vão jogar contra o Milan, a Juventus, etc... por isso, se ganharem a uma dessas grandes equipas, farei com que sejam recebidos no balneário por um autocarro cheio de p****'".
Leia Também: Milan despede-se de Berlusconi e recorre a discurso mítico do ex-líder