O Tribunal Federal Nacional de Itália não perdoou as declarações de Mourinho sobre o árbitro do jogo com o Monza, Daniele Chiffi, e aplicou uma suspensão de dez dias, bem como a uma multa de 50 mil euros.
Agora, o organismo justifica as razões que levaram a este castigo pesado ao técnico da AS Roma.
"As declarações do Sr. Mourinho feitas à televisão e aos órgãos de Imprensa ultrapassam os limites de uma crítica admissível ao trabalho do árbitro Chiffi e constituem uma violação aberta do art. 23º, nº 1 do CGS, segundo o qual 'aos sujeitos do sistema federal é vedado exprimir publicamente juízos ou observações prejudiciais à reputação de pessoas, empresas ou organismos que atuem no âmbito do CONI, da FIGC, da UEFA ou da FIFA'", pode ler-se no comunicado do organismo.
"O Sr. Mourinho, com as declarações objeto de recurso - claramente públicas, uma vez que foram feitas durante entrevistas à imprensa e conhecidas de todos - prejudicou gravemente, sem dúvida, não só o prestígio e a reputação do árbitro Chiffi, com juízos e declarações também de natureza pessoal, mas também a organização federal no seu conjunto, chegando ao ponto de pôr em causa os mecanismos de designação da arbitragem. No presente caso, portanto, a violação contestada do artigo 23º do CGS existe plenamente", termina a nota do Tribunal Federal Nacional de Itália.
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