Andrey Rublev não escondeu, esta terça-feira, a emoção causada pelo apoio com que foi brindado pelas bancadas do All England Club, durante a derrota sofrida nos quartos-de-final do torneio de Wimbledon, diante de Novak Djokovic, pelos parciais de 4-6, 6-1, 6-4 e 6-3.
Após o final do embate com o tenista sérvio, que durou quase três horas, o russo, atual número sete da hierarquia do ténis mundial, assumiu que não esperava ser tão bem recebido, depois de se ter visto impedido de participar na última edição, fruto das sanções derivadas da invasão militar por parte do seu país-natal à Ucrânia.
"Senti um apoio muito grande durante todas estas duas semanas. Hoje, também. Ser do país que sou e ter este apoio é especial", começou por afirmar o atleta de 25 anos, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico The Telegraph.
"Não sei porquê, mas, por vezes, sinto que não o mereço ou algo do género. Ao receber este apoio, não sei... Não sei o que é preciso fazer para ter este apoio. Estou muito grato", acrescentou, aproveitando, ainda, a ocasião para condenar a guerra.
"A situação é, simplesmente, terrível. É claro que não desejo isto a ninguém. Só quero que estas coisas terríveis possam terminar o mais rapidamente possível, para que todas as pessoas do mundo possam tenham a hipótese de ter uma boa vida", completou.
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