O ex-jogador Cesc Fàbregas concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista ao The Coaches Voice, na qual recordou, entre outros temas, o convívio com José Mourinho no Chelsea.
"Mou mandava-me mensagens. Falava comigo todos os dias. A sua atitude deixou claro que eu era um dos jogadores mais importantes do plantel. Era um tipo de confiança diferente da que eu tinha tido com Arsène Wenger. Foi impactante. Ele jogou com a minha mente de uma forma que ninguém tinha feito antes, e acho que isso trouxe o melhor de mim. Joguei muito bem com ele", afirmou o agora treinador dos sub-19 dos italianos do Como, que recordou também o francês Wenger.
"Wenger era uma pessoa a quem se podia recorrer em busca de liderança, porque se sabia que ele tinha um plano para nós. Podíamos confiar-lhe absolutamente tudo, independentemente do que fosse. Ele sempre me tratou como se eu fosse filho dele. Era esse o sentimento que todos nós tínhamos, enquanto jogadores. Confiávamos nele, e essa confiança era recíproca: ele confiava em mim em campo", prosseguiu o antigo jogador.
"Quando falei com Pep no Barcelona, mesmo antes de assinar o contrato, ele disse-me o que queria de mim: jogar de uma forma em que entrássemos todos os 'pequeninos' da equipa. Eu tinha jogado com Xavi e Andrés Iniesta na seleção espanhola e, juntamente com Leo Messi, tínhamos todos passado pelas camadas jovens do Barcelona. Pep queria que eu jogasse da mesma forma. Acho que ele confiava no sentimento que eu e o Leo tínhamos entre nós", vincou ainda o antigo internacional espanhol.
"Já nos conhecíamos há muito tempo e compreendíamo-nos muito bem, tínhamos uma boa ligação. No entanto, em termos de caráter, Pep era diferente. Arsène tinha sido amigável e próximo dos jogadores, mas Pep mantinha uma distância muito maior. Podia ser um pouco mais agressivo na sua mensagem, mas era algo que funcionava muito, muito bem para ele", terminou Fabrègas.
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