A Amnistia Internacional colocou-se, esta quinta-feira, ao lado de Jenni Hermoso, jogadora da seleção espanhola que se sagrou campeã do mundo, apoiando a decisão da mesma em pedir "medidas exemplares" contra Luis Rubiales, presidente da Real Federación Española de Fútbol (RFEF), frisando que o "beijo sem consentimento" se tratou de "uma forma de violência sexual".
"A ação de Luis Rubiales é um ato de violência sexual em contexto de trabalho e por parte de um superior hierárquico. A RFEF deve tomar medidas urgentes, investigando adequadamente aquilo que aconteceu, colocando em primeiro lugar a proteção da jogadora e cumprindo o protocolo de atuação perante a violência sexual", afirmou Carlos de las Heras, porta-voz da Amnistia Internacional.
A organização não governamental pede, por isso, "celeridade" à RFEF - tal como já havia sido pedido por Jenni Hermoso, e garante que, se tal não acontecer - vai pedir ao Conselho Superior do Desporto que "adopte medidas que garantam uma política de tolerância zero relativamente à violência sexual no desporto".
‼️ Amnistía Internacional apoya la reclamación de “medidas ejemplares” por parte de @Jennihermoso tras el beso no consentido del presidente de la @rfef, Luis Rubiales, en el #MundialFemenino2023. Fue una forma de violencia sexual, y punto. ¡Va HILO! https://t.co/DHm0M6Z6hE pic.twitter.com/Gls8f02Urg
— Amnistía Internacional España (@amnistiaespana) August 24, 2023
Recorde-se que Jenni Hermoso apenas quebrou o silêncio na tarde de ontem, quarta-feira, através de um comunicado do sindicato FUTPRO, que assumirá toda a comunicação da jogadora neste caso.
Já esta quinta-feira a FIFA informou ter aberto um processo disciplinar a Luis Rubiales, na sequência dos "eventos que decorreram na final do Mundial Feminino. Para já, o dirigente mantém-se no cargo de presidente da Real Federación Española de Fútbol.
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