Jorge Nuno Pinto da Costa marcou, esta sexta-feira, presença no 'Thinking Football Summit', que decorre no Porto, até sábado, onde explicou aos jornalistas a decisão de deixar Otávio partir rumo ao Al Nassr, na reta final do mercado de transferências de verão.
"Vendemos Otávio para o clube do [Cristiano] Ronaldo. Ofereceram 40 milhões de euros e recusei. Veio outra proposta, de 60 milhões de euros, e recusei, mas, num dia em que o nosso treinador não estava, veio falar comigo a chorar e a dizer que não lhe podia estragar a vida, que ia ganhar em três anos muito dinheiro", afirmou.
"Perante o que me disse e perante o que prometi, que não cortaria as pernas, decidi deixá-lo sair (...). Tínhamos parceiros, um deles era um banco brasileiro, que tinha uma percentagem grande. Essa percentagem grande, falei com o presidente do banco e disse que tinha proposta de 60 milhões de euros, mas não aceitava", prosseguiu.
"'Não aceito porque vocês vão receber uma pipa de dinheiro e não fizeram nada na renovação. Não aceitando, vão perder tudo. Se estiverem disponíveis para baixar essa percentagem, vou pensar'. No dia seguinte, telefonou a dizer que era preferível receber 12 milhões de euros do que não receber nada. Fizeram um bom negócio", completou.
O presidente do FC Porto assumiu, ainda, "prazer por ver que o mundo do futebol está pintado de azul e branco", dando como exemplo José Mourinho e não só: "Tenho tido felicidade de encontrar pessoas que estão de alma e coração comigo, técnicos que se identificam com o pensar comum do bem do FC Porto. Estão aqui dois, António Oliveira e Sérgio Conceição, que fazem o sucesso de quem estiver na presidência".
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