Luis Rubiales voltou a defender-se das críticas reforçando que o polémico beijo a Jenni Hermoso não teve qualquer natureza "sexual" e que teria dado o mesmo beijo a uma das suas filhas. Em entrevista a Piers Morgan, que será emitida na íntegra na terça-feira, o agora ex-presidente da Real Federación Española de Fútbol continua a afirmar estar inocente ainda que admita que se deveria ter tido um comportamento diferente durante a cerimónia da entrega das medalhas do Mundial Feminino.
"As minhas intenção eram nobres, entusiastas e 100% não sexuais. Eu repito 100%. Não há conteúdo sexual, não há agressão. Não há nada. O beijo a Jenni é como o que daria a uma das minhas filhas. Entre amigos e família isto é muito comum", defendeu-se Rubiales, num excerto da entrevista ao qual o The Sun teve acesso antecipado.
"Foi um momento de celebração e euforia, mas deveria ter agido de forma mais solene, fria e diplomática. Peço desculpa, mas sejamos claros, isto não é agressão sexual", explicou o agora ex-presidente da RFEF.
No domingo, Luis Rubiales revelou que apresentou a renúncia ao cargo de presidente da RFEF, bem como às funções que desempenhava na UEFA, na sequência da polémica causada pelo beijo na boca que deu à jogadora Jenni Hermoso, após a inédita vitória da Espanha na final do Mundial feminino, em 20 de agosto.
A FIFA anunciou a abertura de um processo disciplinar a Luis Rubiales cinco dias mais tarde, por possível violação do Código de Ética do organismo que rege o futebol mundial, tendo posteriormente suspendido o líder federativo espanhol durante 90 dias.
A futebolista disse que o beijo não foi consentido, ao contrário do que afirma o presidente da federação. Antes, na bancada do estádio, Rubiales tinha tocado os próprios genitais para celebrar a vitória espanhola.
Os dois comportamentos valeram-lhe queixas do governo de Espanha ao Tribunal Administrativo do Desporto, que decidiu também abrir um processo disciplinar a Rubiales.
O presidente da RFEF em funções, Pedro Rocha, avançou com a demissão de Jorge Vilda do cargo de selecionador feminino, sendo substituído por Montse Tomé.
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