Sérgio Conceição quebrou o silêncio, esta quinta-feira, após a suspensão aplicada pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na conferência de antevisão à visita do FC Porto ao reduto do Estrela da Amadora, tendo sido confrontado com a polémica saída de Otávio para o Al Nassr, contra a sua vontade, acabando por explicar como tudo aconteceu.
"Não é normal eu chegar à véspera de um jogo e ter um jogador fundamental a sair. Estou a falar do Otávio, que tem mais de 280 jogos, foi o melhor jogador do campeonato passado... Era super-importante na equipa, é óbvio. Eu cheguei a um sábado, véspera de jogo com o Farense, em que o Otávio esteve a semana toda para ir a jogo. Na sexta-feira, entrei numa clínica para fazer uma intervenção cirúrgica aos joelhos, e saí no sábado com o Otávio vendido", começou por explicar.
"O presidente já falou sobre isso. O Otávio não queria treinar, eu sai do hospital, ainda não muito bem da anestesia, mas não é que, no dia a dia, esteja assim tão bem... Foi difícil perder um jogador da qualidade dele antes de um jogo. Não nos podemos esquecer que perdemos um campeonato por dois pontos. O jogo com o Farense valia três. Ganhámos, mas... Para nós, que somos exigentes, mudar a dinâmica da equipa, por um jogador com o peso que tinha.", acrescentou de seguida.
"A culpa é minha, de não ter falado mais vezes, mas fazer um balanço... É o que é. O que tenho de dizer quanto à duração do mercado... Alguns países ainda não fecharam, o que é extremamente prejudicial para as equipas de menor capacidade financeira. Estamos a falar de 'timings'. O 'timing' para quem está a precisar, é sempre mau", rematou ainda sobre as imprevisibilidades do mercado de transferências.
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