Marcelino deixou de ser treinador do Olympique Marseille, de França. A tensão na equipa francesa não lhe permite "exercer em boas condições" as funções para as quais foi contratado, esclareceu em comunicado a direção do clube onde joga o português Vitinha.
O seu 'reinado' no Marselha durou pouco mais de dois meses. Sai do clube da Ligue 1 com duas vitórias, três empates e duas derrotas, em sete jogos disputados. A saída foi precipitada após a 'crise' diretiva que o clube atravessa. O presidente Pablo Longoria afastou-se temporariamente da equipa.
As claques do Marselha, onde joga o português Vitinha, exigiram na segunda-feira a demissão do presidente Pablo Longoria e de três dos seus familiares, também espanhóis, que integram a direção, criando uma "situação deplorável" que tornou insustentável a continuidade do técnico.
O treinador, de 58 anos, já não viajou com a equipa para Amesterdão, onde na quinta-feira o Marselha defronta o Ajax, para primeira jornada da fase de grupos da Liga Europa.
Marcelino Toral chegou já tarde a Marselha, facto que terá contribuído para não ter conseguido o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões, afastado pelo Panathinaikos na terceira pré-eliminatória.
A ira dos adeptos contra o presidente espanhol virou-se igualmente contra o seu compatriota, que na experiência anterior tinha estado no Athletic Bilbau durante 18 meses.
Leia o comunicado na íntegra. "Na sequência do comunicado da direção de ontem à noite, o Olympique de Marseille considera que os acontecimentos de 18 de setembro não permitem que Marcelino e a sua equipa técnica desempenhem em boas condições a função para a qual foram recrutados.
Devido a esta situação deplorável, Marcelino e a sua equipa não continuarão a sua missão no Olympique de Marseille. Neste contexto, todo o clube está muito desiludido por ter de enfrentar a saída de um treinador e de uma equipa técnica, que chegaram a Marselha a 23 de junho e que estavam totalmente empenhados no clube, por razões extradesportivas."
[Notícia em atualização]