Marko Grujic concedeu, esta sexta-feira, uma extensa entrevista ao portal sérvio Sportske, na qual falou sobre o arranque de época no FC Porto, assumindo que não está a correr da melhor maneira que previa.
"Nestes três anos, o clube e a cidade agradam-me, fiz mais de 120 jogos. Comecei na Supertaça com o Benfica, depois na primeira jornada do campeonato, desde então não joguei um único minuto. Tive uma lesão leve, por isso não pude ir à seleção. Como todo jogador, não fico satisfeito quando estou sentado no banco e quero que este momento acabe o mais rápido possível e que vire a situação ao meu redor. No futebol é assim, chega a um momento em que o treinador tem outras soluções e este momento não é o que eu esperava", começou por dizer o médio.
"O campeonato português tem muita qualidade, eu não conhecia isso antes, como a maioria dos nossos jogadores, porque não é tão atrativo. O problema, como o nosso, é a infraestrutura e também a parte financeira. Os maiores clubes ficam com as bancadas e os estádios lotados, o resto do campeonato fica atrás deles e do futebol europeu moderno. Apesar de tudo isso, o campeonato português tem qualidade porque tem um grande número de sul-americanos, e todos sabemos como os argentinos, brasileiros e colombianos se relacionam a bola. São ágeis e agressivos. Nenhum jogo é fácil, porque em todas as equipas, pincipalmente os jogadores das equipas mais pequenas, veem os jogos com FC Porto, Benfica e Sporting como um trampolim e depois dão o seu melhor", prosseguiu.
Grujic deixou ainda elogios ao capitão de equipa Pepe, desmitificando a imagem de que o defesa-central é uma pessoa mais rude fora das quatro linhas.
"O Pepe não é como as pessoas o veem ou imaginam pelo que ele faz em campo. Ele é um verdadeiro capitão, para nós jogadores, um representante de todos nós, ele luta sempre pelos nossos direitos, pelos dias livres quando chega a hora. vem. Ele é um grande competidor dentro de campo e quer sair vencedor em todas jogos e às vezes ele vai longe demais nesse desejo. Fora de campo ele é uma pessoa completamente diferente, é retraído, um homem de família e acima de tudo um grande profissional, o que fica demonstrado pelo fato de estar a jogar neste nível. Estou extremamente honrado por fazer parte da equipa e por poder aprender com ele", atirou.
Grujic assumiu ainda que a equipa sentiu-se injustiçada com a derrota para a Liga dos Campeões no Estádio do Dragão diante do Barcelona.
"Acho que o resultado foi injusto, porque tivemos mais oportunidades. Eles têm muita qualidade individual, mas é uma pena não termos conquistado pelo menos um ponto. Com o Barcelona, somos definitivamente os principais favoritos para avançar na prova, ao lado de Antuérpia e Shakhtar", finalizou.
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