O atleta, que entretanto apagou a publicação e já pediu desculpas pela mesma, terá exibido um vídeo no qual um religioso palestino reza a Deus para que este enviasse "um dia negro para os judeus" e defendendo que "a mão" dos habitantes da faixa de Gaza seja bem-sucedida a "atirar pedras" contra Israel.
As reações de repudio foram generalizadas e oriundas de vários quadrantes, desde a federação francesa de futebol, a deputados e ao autarca de Nice, bem como ao Conselho Representativo das Instituições Judaicas de França (Crif), que apresentou uma queixa às autoridades.
A investigação ao futebolista, que será feita pela polícia de Nice, versa ainda "provocação ao ódio ou à violência com base numa religião específica".
"Os apelos à violência são contrários à ética do nosso desporto e aos valores que o futebol incansavelmente defende", vincou, no domingo, o presidente da federação, Philippe Diallo.
Já Youcef Atal reagiu assumindo a "consciência" de que a sua publicação "chocou diversas pessoas", garantindo que não era essa a sua "intenção", pelo que pediu "desculpas por isso".
"Gostaria de esclarecer o meu ponto de vista sem qualquer ambiguidade: condeno firmemente todas as formas de violência, em qualquer parte do mundo, e apoio todas as vítimas. Jamais apoiarei uma mensagem de ódio", afirmou, sem explicar, no entanto, o motivo da partilha do vídeo.
Apesar da tentativa de redenção, as críticas não abrandaram, tendo mesmo havido pedidos ao clube para suspender o futebolista e solicitações ao ministro do desporto para que sejam aplicadas "sanções exemplares e históricas".
Atal, que atualmente está ao serviço da seleção da Argélia, já em 2020 tinha estado envolvido numa polémica semelhante, tendo pedido perdão.
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