Já lá vão quase três anos desde que Eusebio Sacristán sofreu um traumatismo cranioencefálico grave, na sequência de um acidente doméstico registado na véspera de Natal, que o manteve em coma durante duas semanas.
Este domingo, em entrevista concedida ao jornal desportivo As, o antigo internacional espanhol, que se notabilizou ao serviço do Barcelona, na qualidade de jogador e treinador, fez o ponto de situação do estado de saúde: "Ainda não passou tudo. Continua a chover, ainda que não com a intensidade de antes, de muito longe".
"Dou-me conta de que a tormenta vai desaparecendo e que posso enfrentá-la com otimismo. Houve momentos nos quais o temporal era tão forte que pensei que não poderia superá-lo e que nunca iria sair desse ciclo. Felizmente, essa dura etapa já passou", começou por afirmar.
"A alegria voltou ao meu corpo. Estava num poço, e o meu pensamento era de que não iria poder viver normalmente nem enfrentar uma situação destas. Bati completamente no fundo, e, dia após dia, via que não melhorava", prosseguiu.
"Não podia comunicar com os outros, e isso levou-me a pensar coisas negativas, como 'Que faço aqui, neste mundo no qual não tenho nada de positivo a acrescentar, e no qual não posso estar feliz?'. Pensei que não daria em nada. Foi terrível", completou.
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